Setembro Amarelo: Como lidar com um namorado(a) com depressão?

De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, um dos mais amplos inquéritos de saúde do país, em média, 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido um diagnóstico médico de depressão.

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Com o período de isolamento social provocado pela pandemia, o cenário ficou ainda pior, de acordo com a Pesquisa Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), em conjunto pela Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O levantamento capturou o aumento de 41% nos casos de depressão no país, com metodologia baseada em ligações telefônicas para 9 mil pessoas.

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“Se relacionar com uma pessoa que possui a doença é buscar entender que o estado da saúde dela pode aumentar o número de conflitos e a sensação de vulnerabilidade emocional. Por isso que é imprescindível não se frustrar por não conseguir, efetivamente, ajudar o parceiro(a) e ter paciência com a abundância de sentimentos negativos que afetam o humor e a saúde física e com os pensamentos autodepreciativos”, alerta Maicon Paiva, especialista em relacionamentos e CEO da Casa de Apoio Espaço Recomeçar.

Algumas pessoas afirmam que não é possível construir uma relação saudável com alguém que tenha depressão, mas isso não é verdade. É importante que a pessoa que sofre com a doença faça terapia de imediato assim como o parceiro pode buscar orientações que o torne mais flexível diante da situação, entendendo que cada pessoa reage à depressão de maneira diferente e que, por isso, não deve fazer qualquer tipo de comparação. O ideal é aprender sobre os principais sintomas e reconhecer quais são os mais presentes na vida do parceiro.

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“A depressão é uma condição que afeta todas as áreas da vida de uma pessoa, inclusive sua relação amorosa. Mas assim como em outras situações influenciadas por problemas conjugais, o casal pode construir uma relação harmoniosa e buscar resolver a situação com união e fortalecimento. Nada substitui a terapia, mas o casal pode buscar comportamentos que amenizem o conflito e, mais do que isso, fazer com que a relação continue de pé com amor, harmonia e felicidade”, complementa o especialista.

No relacionamento, ambos não terão como se desviar de alguns obstáculos: a pessoa com depressão terá que, além de enfrentar a doença, buscar uma maneira de se adequar aos inevitáveis sintomas com a vida a dois, e o/a parceiro(a), por sua vez, deve entender a mudança na dinâmica do casal, compreendendo o comportamento da pessoa amada e ajudando-a a superar o momento delicado e todo o transtorno psicológico que está lidando. “Seja uma boa companhia e pratique o acolhimento”, conclui Maicon.


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