(Por Gabriela Rassy) – A campanha eleitoral mexe com a programação do rádio e da TV, com as capas dos jornais. Mexe com as pessoas, que ficam três meses para decidir o candidato. Mexe com os mais diversos setores da economia. Entre eles, uma área que sempre se deu bem com a época é a industria gráfica.

Para as gráficas, as eleições costumavam ser um período de alto lucro, principalmente por causa dos famosos santinhos. Mesmo com as diversas restrições impostas recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral para o material de campanha, os pequenos papéis com número e foto do candidato ainda dão um bom lucro.

“São gastos entre R$ 400 e 500 milhões em material de campanha no país a cada eleição. Os santinhos são a grande produção: 100 mil unidades por candidato”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF), Alsried Plöger. Considerando que uma cidade de São Paulo tem mais de mil candidatos a vereador, estamos falando de pelo menos 100 milhões de pedaços de papel impresso.

Impossível quantificar

Mesmo sabendo que a época é vantajosa, Plöger assume que, como os modos de negociação são muitos, é praticamente impossível quantificar a circulação gráfica total do mercado nessa época.

“Tem impressão normal, com pedido faturado e declarado pela gráfica e pelo candidato no colégio eleitoral. Tem candidato que dá o papel para a gráfica e só pede a impressão. Tem candidato amigo de dono de gráfica e consegue benefícios.” Além disso, com a limitação do Tribunal Eleitoral, “alguns candidatos declaram o material impresso como se fosse outro produto”, disse.

Apesar do aquecimento desse mercado, as gráficas enfrentaram alguns problemas nessa eleição. A Lei Cidade Limpa em São Paulo e a lei que proíbe a panfletagem no Rio de Janeiro deram prejuízo para a indústria.

Lei Cidade Limpa

“Essas proibições reduziram o nosso lucro em 90%”, conta Marcelo Giovanelli, gerente da gráfica Via 7, no Rio de Janeiro. “O pessoal está investindo em placas. Então você vê um monte de gente nos canteiros das ruas e nos faróis exibindo placas, que resultam na mesma poluição visual que a panfletagem”, disse.

Para Plöger, o que diminui o lucro é a proibição dos brindes e a Lei Cidade Limpa. “É ótima para o cidadão mas horrível para a gráfica”. Além disso, a burocratização dos apoios financeiros deu uma boa freada nos lucros. “Como tem que registrar, isso retraiu a participação das empresas, para depois não vir candidato falar que outro ganhou por causa da empresa.”

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MATERIAIS enfrentam restrições, mas ainda dão lucro