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(Por Camila da Rocha Mendes) Investir é poupar e estar prevenido para sua vida futura. Esta é a opinião unânime de especialistas. Portanto, quanto antes esta consciência surgir, melhor. Assim, se você já tem essa preocupação, saiba que mesmo com um aporte mensal pequeno é possível começar a engordar suas economias.

Felipe Vaz, gerente de investimentos do Banco Real aconselha: “Um ponto importante é olhar para o orçamento mensal e saber exatamente quanto se ganha e quanto se gasta. Não pense em separar um dinheiro para investir apenas se sobrar, mas inclua uma parte a ser poupada nos gastos regulares, como se fosse mais uma conta a pagar”.

Já Mônica Saccarelli, diretora da corretora Link Trade, indica a busca por informação. “Participar de fóruns na internet, ler blogs, notícias e livros, assim como participar de palestras é muito importante para que o investidor iniciante comece a entender o mercado financeiro”, afirma a diretora. Ela lembra que muitas instituições, assim como corretora e bancos, promovem debates e palestras gratuitos.

Uma vez munido de informações, o jovem deve procurar um banco ou uma corretora para saber quais são as opções de investimento. É possível tanto comprar e vender títulos e ações diretamente através do sistema Home Broker, quanto aplicar em fundos, poupança ou plano de previdência privada.

Com quanto posso começar?

O investimento inicial não precisa ser muito alto. Mônica explica que existem opções que exigem aportes modestos. As ações, por exemplo, que são negociadas geralmente em lotes, podem ser adquiridas no chamado mercado fracionário. Ou seja, ao invés de o investidor adquirir um lote com cem papéis pode comprar apenas um, ou uma fração do lote. Para se ter uma idéia, uma ação ordinária da Petrobras estava cotada a R$ 42,98 no fechamento de ontem.

No Banco Real, o investimento mínimo para se abrir uma poupança é de R$ 10; para começar um plano de previdência privada é de R$ 50, mesmo valor exigido no Home Broker;  e para a aplicação em fundos o piso é de R$ 100. Estas regras, contudo, variam em cada instituição financeira.

Qual a idade mínima?

Qualquer um pode ter um investimento em seu nome desde o momento do nascimento. Porém, os produtos oferecidos a menores de idade são feitos através do CPF (Cadastro de Pessoa Física) do responsável. Alguns bancos oferecem um cartão-poupança para maiores de 16 anos, que permite a movimentação da conta, fazendo uso de depósitos e saques. Já para operar o sistema de Home Broker, a corretora Link exige apenas um CPF, enquanto o Real só cadastra maiores de 18 anos em seu sistema.

Como escolher o tipo de investimento?

O mercado financeiro está composto por diversas modalidades de investimento. É possível adquirir ações, moedas, comprar títulos de renda fixa, ou aplicar na poupança, em planos de previdência ou ainda em fundos de investimentos. Diante de tantas alternativas, como eleger uma?

A primeira coisa a ser feita é analisar como e quando o dinheiro aplicado será utilizado. “Acho que o prazo do investimento é um fator mais determinante na hora da escolha”, avalia Felipe do Real. Quanto maior o caráter de risco do investimento, maior o retorno, mas também maior deve ser o tempo em que o dinheiro permanecerá aplicado. Isto porque, caso ocorram turbulências no meio do caminho – como estamos observando agora no mercado financeiro – haverá tempo hábil para que a aplicação se recupere. As ações lideram a lista de investimentos de risco, enquanto a renda fixa e a poupança estão na ponta oposta.

“O perfil do investidor é determinante para a decisão de investimento”, argumenta Mônica da Link. Em outras palavras, “além de determinar um objetivo para a aplicação, o jovem deve pensar se tem disposição para enfrentar as oscilações da Bolsa, ou se prefere deixar seu dinheiro descansando tranquilamente na poupança”, esclarece Felipe.

 


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Quais os passos necessários para investir?