A esperança brasileira de vencer um Oscar de melhor filme estrangeiro vai ter que ser renovada, porque esse ano não vai dar mais. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, do diretor e roteirista Daniel Ribeiro, está fora da disputa. A Academia de Hollywood divulgou nesta sexta-feira (19) a lista dos nove filmes pré-selecionados. Em janeiro, serão conhecidos os cinco filmes que vão concorrer à estatueta.

Cena de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

O argentino Relatos Selvagens, do diretor Damián Szifrón, e Tangerines, de Zaza Urushadze, da Estônia, são os favoritos da lista que tem ainda  A Ilha dos Milharais, de George Ovashvili, da Georgia, Timbuktu, de Abderrahmane Sissako, da Mauritânia, Lucia de B., de Paula van der Oest, da Holanda, Ida, de Pawel  Pawlikowski, da Polônia, Leviatã, de Andrey Zvyagintsev, da Rússia, Força Maior, de Ruben Östlund, da Suécia e Libertador, de Alberto Arvelo, da Venezuela.

Essa não foi a primeira nem vai ser a última vez que vamos ver um filme nacional tentando conquistar o prêmio. Relembre alguns filmes que já estiveram na disputa pelo Oscar.

O Pagador de Promessas (1962, de Anselmo Duarte) – Assim como Orfeu do Carnaval, levou a Palma de Ouro em Cannes – em 1962. No Oscar 1963, era forte concorrente a Filme Estrangeiro, mas perdeu para Sempre aos Domingos (França, de Serge Bourguignon).

A primeira e única Palma de Ouro que uma produção brasileira ganhou foi em 1962, quando Anselmo Duarte foi indicado por O Pagador de P...

O Quatrilho (1995) – Trinta e três anos depois, no Oscar 1996, o Brasil voltou a concorrer na categoria, com este filme de Fábio Barreto. Perdeu para A Excêntrica Família de Antônia (Holanda, de Marleen Gorris).

O Quatrilho

O Que é Isso, Companheiro? (1997) – Dois anos depois, no Oscar 98, a família Barreto voltava a competir. Desta vez a direção era de Bruno Barreto, com o filme baseado no livro de Fernando Gabeira. E de novo, perdeu para a Holanda: o vencedor foi Caráter (de Mike van Diem).

“O Que É Isso Companheiro?”, de Bruno Barreto, baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrange...

Central do Brasil (1998) – Na cerimônia de 99, o filme de Walter Salles era o grande favorito, e já tinha ganho inúmeros prêmios internacionais, incluindo o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Mas o obstáculo era A Vida é Bela, da Itália, de Roberto Benigni. O melodrama de guerra que glorificava os EUA foi o vencedor.

Em cena do filme "Central do Brasil" (1998)

 


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Relembre filmes brasileiros que estiveram perto de levar um Oscar