Atores indicados ao Oscar 2014
Créditos: Cris Grosso
O Oscar vem aí, olê-olê-olá. Carnaval a parte, o que pega nesta semana é a 86ª edição da maior premiação de cinema do mundo, que acontece no próximo domingo (2) – o Virgula Top of the Pops estará em Los Angeles (uhul!) cobrindo toda a movimentação por lá. Neste ano, as categorias de atuação estão muy competitivas.
Meryl Streep, que acumula 18 indicações ao longo de sua carreira, disputa uma estatueta com Cate Blanchett. Leonardo DiCaprio, que pegou senha na fila para receber um prêmio há tempos, por sua vez, concorre com a matadora atuação de Matthew McConaughey em Clube de Compras Dallas. Também estão na corrida Judi Dench, Sandra Bullock, Jennifer Lawrence e por aí vai.
O Virgula Diversão elegeu, aqui embaixo, as melhores atuações dos artistas indicados ao Oscar de 2014. Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão) e Barkhad Abdi (Capitão Phillips), apesar de todo o talento, ficam fora da lista pelo fato de terem estreado no cinema somente com os filmes com os quais concorrem neste ano. Quem sabe em 2015. Dá uma olhada em nossas escolhas e comente.
INDICADOS AO OSCAR DE MELHOR ATOR PRINCIPAL
Leonardo DiCaprio (indicado por O Lobo de Wall Street)
Melhor atuação em: O Aviador (Martin Scorsese – 2004)
Muita gente acha que Leo já deveria ter ganhado um Oscar há tempos, e ele costuma se destacar quando dirigido por Scorsese. Em O Aviador, outra parceira do ator com o cineasta, DiCaprio entrega uma performance memorável na pele do diretor Howard Hughes.
Matthew McConaughey (indicado por Clube de Compras Dallas)
Melhor atuação em: Amor Bandido (Jeff Nichols – 2012)
Parece que Matthew, antes conhecido por participações em filmes romântico-bundões, resolveu fazer papéis realmente bons e imprevisíveis nos últimos anos (Bernie, Killer Joe, O Lobo de Wall Street etc.). Ficamos com sua atuação no ótimo Amor Bandido (Mud), no papel de um sensível fugitivo da lei.
Christian Bale (indicado por Trapaça)
Melhor atuação em: Psicopata Americano (Mary Harron – 2001)
Bale já possui um Oscar em sua estante, o de melhor ator coadjuvante pelo filme O Vencedor. No entanto, preferimos sua performance de dar medo em Psicopata Americano, na pele do rico banqueiro de segredos sanguinários Patrick Bateman (aqui, pensamos em fazer uma piada sobre Bateman ser mais louco que o Batman etc., mas deixamos quieto para o bem da nação).
Bruce Dern (indicado por Nebraska)
Melhor atuação em: Amargo Regresso (1978)
Dern, conhecido por intepretar sociopatas e vilões, teve uma carreira de altos e baixos, mas acertou em cheio em Nebraska. Seu papel mais memorável antes disso foi, talvez, o capitão Bob Hyde, do filme Amargo Regresso, pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante.
Chiwetel Ejiofor (indicado por 12 Anos de Escravidão)
Melhor atuação em: Coisas Belas e Sujas (Stephen Frears – 2002)
Em um filme igualmente singelo e chocante – que trata de tráfico de órgãos, trabalho ilegal, estupro y otras cositas más –, o artista brilha muito na pele de um imigrante nigeriano ilegal em Londres. A sinergia com Audrey Tatou (conhecida como “aquela atriz fofa que fez Amélie Poulain“) é coisa bonita de se ver.
INDICADAS AO OSCAR DE MELHOR ATRIZ PRINCIPAL
Cate Blanchett (indicada por Blue Jasmine)
Melhor atuação em: Não Estou Lá (Todd Haynes – 2007)
Tudo bem, tudo bem. Sabemos que Cate Blanchett arrebentou em Elizabeth e em outros filmes tantos. Porém, Cate dentro da persona rock star e blasé de Bob Dylan, em Não Estou Lá, é simplesmente demais.
Sandra Bullock (indicada por Gravidade)
Melhor atuação em: Um Sonho Possível (John Lee Hancock – 2009)
Concordamos com a Academia e achamos que Sandra Bullock é uma boa atriz (algumas vezes). Uma dessas vezes foi em Um Sonho Possível, quando fez Leigh Anne Tuohy, mãe adotiva de um jogador de futebol-americano. Levou o Oscar pelo papel. Merece mais um? Sei não.
Meryl Streep (indicada por Álbum de Família)
Melhor atuação em: O Diabo Veste Prada (David Frankel – 2006) – Essa escolha é deveras difícil (a atriz veterana detém o recorde de maior número de indicações no Oscar, 18 ao todo). Porém, ficamos com a terrível Miranda, editora de uma revista de moda que não dá sossego para sua assistente Andy (Anne Hathaway). Papel brilhantemente odiável.
Amy Adams (indicada por Trapaça)
Melhor atuação em: Retratos de Família (Phil Morrison – 2005)
A jovem grávida Ashley, do filme independente Retratos de Família (Junebug), foi o papel que fez com que a crítica abrisse os olhos para Amy. Adorável e ingênua, é uma personagem totalmente diferente da mulher fatal Sydney, de Trapaça. Moça versátil.
Judi Dench (indicada por Philomena)
Melhor atuação em: Notas sobre um Escândalo (Richard Eyre – 2006)
Se em Philomena, Judi é uma senhorinha irlandesa fofa, nesse filme, ela dá calfrios no papel de Barbara Covett, uma professora amarga, cínica e conservadora que se torna obcecada por atazanar uma colega mais jovem, Sheba Hart (Cate Blanchett). A propósito, queremos mais um filme com Judi e Cate atuando juntas.
INDICADOS AO OSCAR DE MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jared Leto (indicado por Clube de Compras Dallas)
Melhor atuação em: Réquiem Para um Sonho (Darren Aronofsky – 2000)
Leto nunca esteve tão bem quanto em Clube de Compras, como a travesti Rayon. Seu talento, porém, já podia ser visto em projetos das últimas décadas, como Réquiem Para um Sonho. No pesadíssimo filme, ele faz Harry Goldfarb, um jovem que tem seus sonhos destruídos pela heroína.
Bradley Cooper (indicado por Trapaça)
Melhor atuação em: O Lado Bom da Vida (David O. Russell – 2012)
Confessamos que Bradley ainda não nos convenceu totalmente. Porém, seu problemático personagem Pat, de O Lado Bom da Vida, mostra que o bonitão consegue se superar quando bem dirigido (no caso, por David O. Russell, que também esteve à frente de Trapaça).
Michael Fassbender (indicado por 12 Anos de Escravidão)
Melhor atuação em: Shame (Steve McQueen – 2011)
O ator manda bem no papel de um viciado em sexo, Brandon. O personagem recebe a irmã mais nova em sua casa, não pode mais fornicar por lá, tem a vida virada de cabeça para baixo, etc.
Jonah Hill (indicado por O Lobo de Wall Street)
Melhor atuação em: O Homem Que Mudou o Jogo (2011)
Taí mais um cara que fez uma porrada de papel besta, mas é capaz de surpreender quando tem um bom personagem em mãos. Na trama, ele é um economista nerdaço que começa a trabalhar com o treinador de beisebol Billy (Brad Pitt), um macho alfa.
INDICADAS AO OSCAR DE MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Jennifer Lawrence (indicada por Trapaça)
Melhor atuação em: O Lado Bom da Vida (David O. Russell – 2012)
Muita gente ficou com bode da moça por ela ter “roubado” o Oscar de melhor atriz de Emmanuelelle Riva, em 2013. Mas, gente, dá uma olhada em O Lado Bom da Vida. Ela mandou muito bem como a estranhona Tiffany. Vale a pena checar, ainda, sua atuação em Inverno da Alma. A menina é boa.
Julia Roberts (indicada por Álbum de Família)
Melhor atuação em: Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento (Steven Soderbergh – 2000)
O filme que fez com que Roberts saísse de sua zona de conforto (um lugar chamado comédias românticas) para desbravar as complexidades de uma personagem realmente forte. No filme, ela vive Erin, mãe solteira que passa a lutar pelos direitos de uma população humilde.
Sally Hawkins (indicada por Blue Jasmine)
Melhor atuação em: Simplesmente Feliz (Mike Leigh – 2008)
A atriz está adorável ao emprestar carisma à protagonista de Simplesmente Feliz. Na trama, ela é Poppy, uma professora de escola excessivamente de bem com a vida.
June Squibb (indicada por Nebraska)
Melhor atuação em: As Confissões de Schmidt (Alexander Payne – 2002)
June vive o ápice de sua carreira com sua indicação, neste ano. Antes disso, ela fez vários papéis pequenos. Um de seus mais importantes foi Kathy Bates, a mulher do personagem de Jack Nicholson na comédia As Confissões de Schmidt.
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