Fotos de Somos Tão Jovens, cinebiografia de Renato Russo, da Legião Urbana


Créditos: reproducao

Viver um ícone da música brasileira no cinema não é tarefa fácil. Ainda mais quando é preciso representá-lo em cima do palco, tocando e cantando ao vivo, sem playback. Esse foi o desafio assumido pelo ator Thiago Mendonça em Somos Tão Jovens, filme de Antonio Carlos da Fontoura sobre a juventude do líder da Legião Urbana, Renato Russo. Em entrevista ao Virgula Diversão, o artista disse que não ficou assustado com o projeto. Pelo contrário, se empolgou com a expectativa dos fãs.

“O fato de o Renato ser querido e mobilizar esse monte de gente não me assustou, mas me estimulou. Em vez de querer agradar todo mundo, eu pensei, ‘Poxa, que legal. Tem muita gente querendo que isso dê certo, pelo fato de eles gostarem desse cara'”, afirmou.

Para conferir veracidade às cenas de shows, o diretor musical do filme, Carlos Trilha – que tocou teclado nos dois últimos discos da Legião Urbana -, optou por captar os sons de guitarra, baixo, bateria e voz no set, em vez de gravá-los separadamente.

Para Thiago, tocar guitarra e cantar foi o maior desafio do projeto. “Isso aumentou minha responsabilidade, porque não era só interpretar. Eu tinha de tocar também, coisa que nunca tinha feito. E se fosse para tocar Legião, tinha de ser bem feito. A ideia de fazer com som direto foi fundamental para a composição desse Renato. Eu não podia fazer uma pessoa que era pura música se eu não tocasse ao vivo”, explicou.

O projeto contou com colaboração da família de Renato Russo, principalmente Maria do Carmo e Carmem Tereza, mãe e irmã do artista, respectivamente, que acompanharam as gravações a todo momento. “Elas me alimentaram com histórias do dia a dia do Renato como pessoa, longe do mito em cima do palco. A Carminha me abriu a casa, mostrou cadernos de adolescência dele e me abriu o coração”, disse. “O Renato ainda é muito presente até hoje, assim como a Legião. O filme ajuda a apresentar o Renato para uma geração que talvez não o conhece”, acrescentou.

FAMA É IGUAL PARA TODOS
Em Somos Tão Jovens, o diretor Antonio Carlos da Fontoura opta por contar a história do nascimento da Legião Urbana, em vez de acompanhar o sucesso do grupo. O cineasta explica esse recorte: “É o momento da vida dele que me encantou mais. A fama é muito parecida na carreira de todas as bandas: Excursões, groupies, festas, drogas e sexo. Preferi fazer a história de um menino de Brasília que se reinventa como Renato Russo e decide fazer a Legião Urbana”, diz.

Para Fontoura, contar a história de Renato Russo e da Legião Urbana contribui para a formação política da juventude atual. “O filme mostra para os jovens de hoje, que agora estão protestando nas ruas, como aquela juventude tinha um foco e um objetivo. A turma do Renato fazia a contestação por meio do movimento punk, por meio da agressividade das músicas de protesto. Era a rebeldia contra a ditadura, que era o sistema de governo da época. Nesse sentido, acho que o filme foi muito feliz”, opinou.

O filme Somos Tão Jovens será lançado em Blu-Ray, DVD e mídia digital nesta quarta-feira (7).


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Intérprete de Renato Russo em Somos Tão Jovens diz: 'Maior desafio foi tocar ao vivo'

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