A 11ª edição do DocLisboa, um dos principais festivais de Portugal, teve início nesta quinta-feira com abertura marcada pela exibição de um documentário sobre o brasileiro Hélio Oiticica, que impulsionou o Tropicalismo, e do documentário “Pays Barbare”, que trata do fascismo e do colonialismo italiano na Etiópia.

“Hélio Oiticica”, filmado pelo sobrinho do artista, César Oiticica Filho, aborda o papel do artista em uma corrente cultural à qual estão associados músicos como Gilberto Gil e Caetano Veloso.

“Pays Barbare”, assinado por Yervant Gianikian e Angela Ricci Lucchi, mostra, por meio de arquivos privados da Etiópia datados do período em que o território era colônia italiana (década de 1930), a perseguição e o genocídio de etíopes, ocultados durante décadas pelas autoridades.

O festival, considerado uma referência europeia no gênero documentário, lembra também nesta edição os 40 anos do golpe militar no Chile com uma seção especial de seis documentários que retratam “uma dolorosa e agitada” história política.

Até o dia 3 de novembro, o festival exibirá 244 filmes de 40 países.

O festival contará com quatro seções competitivas – longas e curtas internacionais e longas e curtas portugueses -, assim como outras categorias experimentais para propostas arriscadas que relacionam os filmes com outros tipos de arte.

O documentário “Gudu”, do cineasta chinês Wang Bing, foi o vencedor da categoria internacional na última edição. 


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Documentário sobre Tropicalismo abre festival de cinema em Lisboa

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