Filme brasileiro Os 3, de Nando Olival


Créditos: divulgacao

Dez anos depois do primeiro longa, co-dirigido por Fernando Meirelles, Nando Olival finalmente estreia “sozinho”. Entre Domésticas e Os 3, que chega aos cinemas nesta sexta (11), o diretor continuou sua carreira na publicidade e, inclusive, chamou a atenção este ano com a tão comentada campanha de uma operadora de celular que contava a história de Eduardo e Mônica, da Legião Urbana.

Nesse intervalo, Olival também participou de curtas e cuidou dos filhos pequenos, mas a intenção de fazer seu próprio longa nunca foi esquecida. Até que, há três anos, ele decidiu que era a hora de filmar sua história “com jovens e para jovens”, como define. A partir daí, criou o roteiro de Os 3 e optou por uma fórmula pouco comum.

“Por urgência, eu fiz um empréstimo a mim mesmo e produzi o filme. Não levei um projeto, mostrei o filme pronto, e isso fez com que fosse mais fácil vende-lo. A Warner logo aceitou”, explicou Olival em entrevista ao Virgula.

E, se o processo garantiu maior responsabilidade, também trouxe mais liberdade, garante o diretor. “Podia sentir o clima no set e alterar coisas durante as filmagens mesmo. Criamos e cortamos cenas na hora”, lembra.

Para acelerar o resultado, o prédio onde eram gravadas as cenas do apartamento dos protagonistas foi inteiro alugado. “Foram quatro semanas de filmagens, e a montagem acontecia ao mesmo tempo. Embaixo do apartamento onde a gente gravava ficava a produção”, conta.

Elenco

Na hora de definir o elenco, Olival tinha apenas uma certeza: mais do que talentos individuais, buscava atores que combinassem. “Os três tinham que ter uma química boa e intimidade também fora do set”, resume.

Por isso, fez uma série de testes em trios, até que finalmente chegou à combinação Juliana Schalch, Victor Mendes e Gabriel Godoy. Os dois meninos estudavam na Escola de Arte Dramática da USP, mas não eram próximos. E nenhum deles conhecia Juliana. Ainda assim, a empatia foi imediata e exatamente no nível que o diretor queria.

“Eu fiz seis testes sozinho, o sétimo já foi em trio”, lembra Victor, de 23 anos, que faz o papel de Rafael.  Para ele, que se tornou um grande amigo de Gabriel, a convivência com os colegas ajudou até mesmo em sua vida pessoal. “Eu sempre fui bastante introspectivo, e “roubei” um pouco da personalidade de cada um dos dois”, explica.

Mas se Victor passou cinco meses fazendo testes e conhecendo melhor o personagem, com Gabriel, que interpreta Cazé, a história foi bem diferente. “Eu tive que insistir bastante, não me chamavam para os testes porque me achavam velho”, lembra o ator, que tinha 25 anos quando o filme foi gravado.

Quando finalmente conseguiu uma chance, bastaram dois testes para que o papel fosse seu. E, segundo ele, a idade só influenciou positivamente. “Fiz um resgate para lembrar como eu era nessa idade (a do personagem)”. O fato de também morar com amigos na vida real foi outra vantagem.

Mas, para o ator, nada foi melhor do que o fato dos três protagonistas serem estreantes no cinema. “Ajudou demais. Talvez se fosse com alguém mais experiente as coisas fossem diferentes”, avalia, apontando a liberdade e segurança que ele, Victor e Juliana sentiam sempre que atuavam juntos.

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Diretor e protagonistas falam sobre Os 3 em entrevista ao Virgula