Fotos da série mexicana Chaves


Créditos: reproducao

Presente na lembrança afetiva de milhares de brasileiros, o seriado Chaves [originalmente El Chavo Del Ocho, no México] faz sucesso desde a década de 1980, no SBT. Nas festividades de comemoração dos 30 anos da emissora de Silvio Santos, a turma da vila não poderia ser deixada de fora e o apresentador Ratinho e sua produção trataram de homenagear os membros do seriado. Na quinta-feira (13), quem esteve presente na atração noturna foi Maria Antonieta de Las Nieves, La Chilindrina, ou melhor, a Chiquinha, filha de Seu Madruga.

Em uma entrevista para jornalistas, pouco antes de entrar ao vivo no Programa do Ratinho, a atriz de 60 anos, que aparenta ter menos, mostrou que sua personagem no seriado e a pessoa que é na vida real convivem juntas. “É minha primeira vez no Brasil, estou muito feliz de estar aqui, é um sonho realizado”, comemora Chiquinha fazendo caras e bocas e não deixando de lado sua verve histriônica.

Sobre o início de sua carreira, Maria disse que não tinha a intenção de ser comediante: “Sou atriz desde os 6 anos, queria ser bailarina. Trabalhei nas primeiras telenovelas mexicanas como La Leona (1962) [dirigida por Ernesto Alonso, considerado El Señor Telenovela no México], logo após me perguntaram se conhecia Chespirito (Roberto Bolaños) e eu disse: – Não”.

Um trabalho em um quadro de esquetes cômicas foi oferecido por Chespirito a Maria Antonieta que, inicialmente, recusou, por se julgar atriz dramática. “Depois, ele me disse que era mais difícil fazer comédia do que drama”, lembra a intérprete de Chiquinha.

Emoção ao falar dos colegas

Com a facilidade de quem faz os outros rirem, a atriz sabe comover com suas histórias, como se desligasse um “interruptor”, alternando desde contos felizes de seus tempos áureos até o relato de quando reencontrou seu colega de trabalho Ramón Valdés, [originalmente Don Ramón, no seriado mexicano], o Seu Madruga. “Nos encontramos 18 anos após a saída de Ramón do programa, estávamos no Peru, para uma série de entrevistas. Quando nos vimos nos abraçamos muito. Ele tinha em casa, na sua sala, fotos de todos os seus filhos e, junto com elas, uma da Chiquinha”.

Cerca de um ano após o encontro, Maria Antonieta reencontrou uma repórter que havia entrevistado os dois artistas na época. Ela deu a Chiquinha a notícia que Ramón Valdés havia falecido [Valdés faleceu em 9 de agosto de 1988, vítima de um câncer no pulmão]. A atriz foi direto para o hospital, dado o choque emocional que a atingiu. “Depois que deixei o hospital resolvi seguir com minha turnê de espetáculos e a dediquei inteirinha a Ramón”, lembra.

Em uma briga judicial com Roberto Bolaños, há alguns anos devido a direitos autorais da personagem, Maria Antonieta lamenta a história. “Isso é a única coisa que mancha esta história tão linda”.

Porém, a atriz afirmou com emoção que gostaria muito de voltar a falar com Chaves. “Sinto saudades, eu tentei várias vezes ligar para ele, mas não consegui falar. Acho que não é interessante para eles [Bolaños e Florinda Meza, a Dona Florinda, sua esposa]. Antes que aconteça alguma coisa comigo ou com ele, espero que nos concedam ao menos 5 minutos juntos”, finaliza Chiquinha.


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Chiquinha diz que gostaria de fazer as pazes com Chaves