Especialista fala de traumas em crianças que veem mãe agredida, como Ana Hickmann (Foto: Instagram/Ana Hickmann)

A apresentadora Ana Hickmann abordou o estado emocional dela e do filho, Alexandre Jr., de 9 anos, após a experiência traumática de agressão que vivenciaram. A apresentadora detalhou as alterações emocionais que percebeu na criança desde o incidente.

PUBLICIDADE

> Siga o Virgula no Instagram! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!

“Hoje posso dizer que começamos o dia um pouco melhor, com um bom dia assim. Fazia tempo que eu não via os olhos do meu filho felizes desse jeito. É bom ver isso de novo. Tinham alguns dias que isso não acontecia, então, isso significa que hoje será, sim, um grande dia”, revelou Ana.

PUBLICIDADE

Telma Abrahão, especialista em Neurociência do Desenvolvimento Infantil,  explica que testemunhar a mãe sendo agredida pelo pai representa uma das dez experiências adversas na infância com potencial traumático. A criança, ao presenciar tal violência, se sente vulnerável e incapaz de proteger a figura materna.

“Nesse contexto, os pais, que desempenham o papel de cuidadores, se tornam uma ameaça,  desencadeando uma resposta de luta ou fuga na criança. Isso gera um grande estresse em seu corpo, manifestado pelo aumento dos batimentos cardíacos, medo e, em alguns casos, até mesmo pânico”, afirma a idealizadora da Educação Neuroconsciente.

PUBLICIDADE

A intensidade da cena, como ocorreu nesse caso, que resultou na ida à delegacia e no subsequente divórcio, torna a situação particularmente traumática. A criança pode desenvolver sentimentos de culpa, acreditando erroneamente que a separação dos pais é consequência de suas ações. Isso acentua o impacto emocional do evento.

“É crucial proporcionar suporte emocional para a criança nesse momento. Independentemente das circunstâncias que levaram à agressão do pai, é vital lembrar que, durante um divórcio, a criança precisa ser preservada. Ela continua a amar tanto o pai quanto a mãe, e esta compreensão deve ser reforçada. Assim, no processo de divórcio, a criança terá espaço para manter o vínculo tanto com o pai quanto com a mãe. O que acaba é a relação de casal, mas a relação pais e filho continua”, finaliza Telma.

Telma Abrahão (Idealizadora da Educação Neuroconsciente) –  especialista em Neurociência do Desenvolvimento Infantil e biomédica, autora de dois livros best-sellers, “Pais Que Evoluem” e “Educar é um ato de amor, mas também é ciência”, pioneira em unir educação dos filhos à ciência, o trabalho dela é reeducar os pais para melhor educarem os filhos, e inclusive criou a primeira Academia da Educação Neuroconsciente com cursos certificados pelo MEC no Brasil e é fundadora da UniNeuroconsciente.


int(1)

Especialista fala de traumas em crianças que veem mãe agredida, como Ana Hickmann