Com barriguinhas de fora e calças vermelhas coladas ao corpo, as “Spice Girls indianas” se preparam para conquistar o subcontinente indiano, depois de serem escolhidas entre milhares de candidatas a estrelas pop.

O primeiro grupo indiano só de mulheres feito sob medida, Viva, lançou seu primeiro álbum há três semanas e quer causar a mesma comoção no cenário musical do “indipop” quanto fizeram as Spice Girls na Grã-Bretanha.

“Ainda não chegamos lá”, disse Mahua Kamat, 20 anos, uma das cinco garotas do grupo, agitando os cabelos ruivos tingidos em entrevista recente. “Mas pretendemos tornar a música hindi famosa em todo o mundo.”

Até agora, as cinco artistas anteriormente desconhecidas escolhidas pela emissora de música indiana Channel V, do magnata da mídia Rupert Murdoch, parecem estar acertando o tom.

Seu álbum de estréia, intitulado simplesmente “Viva”, traz oito faixas de indipop, uma fusão do som indiano clássico com melodias ocidentais, cantada em hindi, com alguns versos aqui e ali em inglês.

Fenômeno que surgiu há uma década, o indipop é uma música que leva o ouvinte a dançar e que domina 15 por cento do mercado musical indiano.

PRIMEIRA VEZ NA ÍNDIA

O Viva foi criado através de uma versão indiana do programa de TV caça-talentos “Popstars”, que já criou bandas de garotas como Bardot, na Austrália, HearSay, na Grã-Bretanha, e Sugar Jones, no Canadá.

Suas cinco integrantes, que têm de 18 a 24 anos, foram escolhidas após um processo de seleção no qual foram ouvidas 2.000 candidatas a cantoras, em seis cidades da Índia.

As garotas foram submetidas a aulas exaustivas de voz, condicionamento físico, jazz e dicas de beleza para que possam ser “o grupo mais quente do pedaço”, disse o administrador da banda, Nayanika Chatterji.


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"Spice Girls" da Índia lançam primeiro álbum

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