A abertura do show com Them Bones e o ápice do show com Man in The Box poderiam sugerir que o Alice in Chains parou no tempo. Mas diferentemente de Sebastian Bach, que dividiu opiniões e para alguns soou como cover de si mesmo, nesta quinta-feira (19), no Rock in Rio, o Alice aproveitou o sistema de som porrada do palco Mundo e mostrou que está mais para o stoner rock que o grunge de seus conterrâneos de Seattle.

O stoner, de Kyuss e Queen of The Stone Age, bebe na fonte de Black Sabbath, grupo que talvez tenha faltado vir ao festival este ano para coroar uma edição com Slayer, outra referência do rock do deserto.

O guitarrista Jerry Cantrell, além de fazer reverberar cada milímetro da Cidade do Rock com suas seis cordas, ao dobrar as vozes com William DuVall, recuperou uma sensação narcótica da música do Alice com Layne Staley, que morreu  em 2002, aos 34 anos. Mas não chegava a deixar saudade, o que já é um feito. Sebastian Bach mesmo vivo deixa saudade.

Com o álbum lançado em maio deste ano, The Devil Put Dinosaurs Here, o Alice já havia mostrado que não era à toa a citação da criatura pré-histórica. O grupo de Seattle se tornou um animal pesado, mas ainda capaz de se movimentar. E de ser perigoso.


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Rock in Rio 2013: Alice in Chains mostra que está mais para stoner que grunge

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