Da terra da tequila para a terra da capirinha, o grupo mexicano Maná estreou a nova turnê no Brasil com tudo, e colocou ‘tios’ e ‘tias’ pra dançar na noite desta quarta-feira, no Credicard Hall, em São Paulo.

O show foi o primeiro dos quatro que a banda faz no país neste final de semana. A nova passagem do grupo pelo Brasil dessa vez tem um gosto diferente: foram os próprios fãs que se mobilizaram para que os mexicanos viessem tocar por aqui. Deu certo. Na platéia, o que se viu foi um público entregue ao show, cantando e dançando todas as músicas, sem que a banda precisasse fazer muito para ganhar os presentes.

Na abertura, um jogo de luz e sombras na cortina que cobria o palco serviu para atiçar a platéia, que logo nos primeiros acordes do guitarrista Sergio Vallín abandonou as cadeiras, para desespero dos seguranças.

Já no palco, a banda se divide em Fher, que canta chamando o público a participar sempre (“Nós queremos festa e sabemos que vocês gostam de festa”, disse ele) e vez ou outra joga um charme para as brasileiras na platéia, Sergio e Juan Calleros (baixo), que preferem marcar presença apenas tocando, sem muitas palavras, e diga-se de passagem, Calleros é a cara de Jimi Page.

Contrariando o que acontece normalmente, onde cantor e guitarristas costumam ser as estrelas da banda, quem rouba a cena é mesmo o baterista Alex González. Ele dança em cima da bateria, toca em pé, de costas, de lado, canta, e atua como um verdadeiro animador de torcida, sem contar as baquetas voadoras – a repórter contou oito, mas pode ser que tenham voado mais. Ah, e como músico, Alex também dá um show.

Em quase duas horas de show o grupo fez um show à altura do DVD recém-lançado, com um belo jogo de luzes, vídeos com mensagens políticas no telão e animações. Fher e cia apresentaram sucessos mais antigos e recentes, como a música dedicada a Chico Mendes, Cuando los ángeles lloran e Corazon Espinado, Donde Jugaran los Ninos (momento em que a banda usa máscaras e velas são espalhadas pelo palco, Vivir Sin Aire, Mariposa Traicionera, En el Muelle de San Blas, Labios Compartidos e outras.

Clavado em un Bar encerrou o show, com Fher usando a camisa da seleção mexicana com a do Brasil por baixo. Depois, trouxe ao palco uma bandeira feita com as bandeiras dos dois países, dizendo que eles estavam juntos. Usando a camisa 9 da seleção, homenageou o jogador Ronaldo, que estava no show, dizendo que “depois do Pelé, ele era um dos grandes nomes do futebol brasileiro”.

Rasgação de seda a parte, o Maná abriu a sua nova turnê pelo Brasil com um show fiel, entregue aos fãs – uma teve a sorte de ser chamada ao palco para sentar ao lado de Fher e Sergio, beber vinho e ver a banda mais de perto. Até o Maná tem sua Katilce.

+ Veja fotos do show do Maná em São Paulo

+ BaixaHits – baixe as músicas do Maná


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Rock com sabor latino: Maná coloca tios e tias pra dançar em SP

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