O que denota esta banda são as peculiaridades nas letras, as particularidades nos arranjos e a história que vem escrevendo no underground brasileiro, coisa que é para poucas. O Dance of Days está há 10 anos enraizado na música alternativa de São Paulo e, mesmo assim, ainda leva um culto enorme de fãs em todos os shows.

O frontman, Nenê Altro (voz), é o único integrante que se manteve desde o início da banda. Hoje, os integrantes que seguram os instrumentos são Tyello e Marcelo (guitarras), Fausto (baixo) e Samuel (bateria).

Toda a trajetória está marcada na memória de quem os acompanhou. As bandeiras defendidas no começo não se encontram mais nas hastes, porém a sonoridade se mantém impecável. Neste Raio-X especial você vai conhecer a banda Dance of Days, confira!

O ano de 1997

A primeira formação do grupo se desfez após a gravação do ep Six Fisrts Hits (1997), pois, não durou muito, logo interromperam as atividades.

No final do ano de 1999 a banda retornou aos palcos, e para a alegria dos fãs, junto veio a gravação do primeiro álbum, A História Não Tem Fim.

Músicas e inspirações

O nome de batismo é originado de uma música do grupo norte americano Embrace, de 1988 – durou apenas um ano-, foi uma das primeiras bandas a misturar letras pessoais com a música hardcore. “O nome a ‘Dança dos Dias’ (Dance of Days) ganha um novo significado a cada dia. Isso é o mais legal”, conta Fausto.

Os ritmos encontrados nos riffs inconfundíveis do grupo vão desde o rock clássico ao hardcore mais pesado. “Temos músicas rápidas contrastando com outras mais melódicas.” Bandas como o The get up Kids, The Cure, Lifetime e The Smiths, são algumas das influências dos caras.

Nas letras de cada canção é possível decodificar referências literárias. Por um momento, parecem se atropelar umas sobre as outras, mas no final tornam-se poéticas. Segundo eles, os fãs entendem os assuntos abordados ou pelo menos os incitam a descobrir. “Fico feliz quando alguém lê (Geroge) Orwell, García Márques ou Kafka por influência da banda. O Nenê é quem escreve todas as letras, ele é um leitor voraz.”

Discos

O último trabalho realizado pela banda se chama A Dança das Estações, foi lançado em formato de álbum virtual, que segundo eles é uma boa estratégia, já que o circuito independente possui tantas barreiras quando o assunto é distribuição. “É muito bom ir tocar no Nordeste ou no sul e a galera já saber todas as músicas.” diz.

O Insônia 2008 é o último disco físico, e claro, traz toda a filosofia que o Dance of Days faz questão de ressaltar, até no título. “A Insônia gera um estado mental sem muito controle, um mundo e um comportamento à parte. Hoje em dia, não sabemos se somos apenas personagens de um mundo comandado, ou se podemos fugir dessa realidade e vivermos nossas próprias vidas”, explica Fausto.

É evidente que o Dance of Days é uma das maiores bandas alternativas. Desde o começo sempre tiveram boa receptividade nos trabalhos realizados, esgotando tiragens de discos em poucos dias de lançamento. “A História Não tem fim vendeu quase 20 mil cópias e o Insônia, só no primeiro mês de lançamento, atingiu a marca de 54 mil downloads.”

Outro sucesso é A Valsa de Águas Vivas, um dos prediletos da galera, conta com as participações de Fernanda Takai do Pato Fu e do Badauí do CPM 22.

Shows

Este ano a banda está fazendo turnê por todo o país para divulgar seus dois trabalhos mais recentes, Insônia 2008 e A Dança das Estações, que podem ser encontrados nos sites da Trama Virtual e Extreme Days.

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