Com sete anos de estrada, os goianos do Violins, que este ano tocam pela primeira vez no festival Abril Pro Rock, possuem cinco álbuns no currículo, sendo que o último foi lançado integralmente na internet.

O Virgula Música foi atrás do vocalista Beto Cupertino para saber mais sobre os trabalhos da banda, suas influências, opinião sobre a cena independente atual e quais suas expectativas para tocar no festival. Confira!

Recentemente, a banda lançou o quinto disco, Redenção dos Corpos, no MySpace da banda (/violinsbr). “A vantagem é a divulgação, que atinge muita gente que não conhece a banda”, diz Beto Cupertino.

O novo álbum representou uma ruptura sonora em relação ao anterior, Tribunal Surdo (2007). “O disco anterior é recheado de guitarras sujas, músicas mais pesadas. O novo é mais baseado em melodias e arranjos sutis, sem tantas guitarras distorcidas”, conta Beto.

“Esse tipo de mudança é natural na nossa discografia. Procuramos não ficar repetindo discos, e sim tentar explorar outros climas, até para que fique interessante para a gente tocar”, acrescenta.

Beto explica melhor a sonoridade do novo disco. “Ele é dividido em duas partes, cada uma com sete músicas. A primeira é baseada em violões e piano com arranjos e programações eletrônicas. A segunda parte é no formato de banda tradicional”.

Além de Redenção de Corpos e Tribunal Surdo, a Violins leva na bagagem Grandes Infiéis (2005), Aurora Prisma (2003) e Wake Up and Dream (2002) que, diferentemente do último CD, foram disponibilizadas apenas algumas amostras na web.

Dentre as influências da banda, diz Beto, estão Beach Boys, Zombies, Beatles, Pink Floyd, Radiohead e MPB em geral.

O disco físico de Redenção dos Corpos foi lançado no último dia 27 de março pelo selo Monstro Discos e já pode ser encontrado em lojas como Fnac, Saraiva, e pelo site do Submarino e da distribuidora Tratore (tratore.com.br).

Como a maioria das bandas independentes do país, os caras ainda não conseguem sobreviver de música e têm que trabalhar em empregos fixos para pagar as contas. Mas, apesar disso, Beto se mostra otimista em relação à cena underground. “Acho que está cada vez mais organizada, principalmente depois que se montou um circuito forte de festivais que acontecem em todas as partes do país durante o ano inteiro. Isso ajuda bastante na divulgação das bandas”.

Abril Pro Rock

Este ano, é a estréia do Violins no Abril Pro Rock, festival de Recife (PE) que reúne bandas e artistas com renome na cena independente do país e já dura há mais de dez anos. “Com certeza é uma honra muito grande. É um dos festivais mais tradicionais do Brasil. Sua importância é incontestável, afinal nenhum festival dura tanto tempo à toa”, afirma Beto.

Nesta edição, irão tocar bandas gringas veteranas, como os purpurinados do New York Dolls, os hardcoreanos do Bad Brains e os metaleiros do Helloween.

“Sinceramente, são bandas que não nos dizem muito a respeito como influência ou como gosto musical mesmo. Mas, com certeza, é um fato legal pela história e pela importância que elas têm no cenário musical internacional”.

Além do Abril pro Rock, a banda já participou do Festival Upload, no Sesc Pompéia, em Sâo Paulo; do Indie Rock Brasil, em Belo Horizonte; do Calango, em Cuiabá; do Porão do Rock e Cult 22, em Brasília; do Goiânia Noise e Bananada, em Goiânia; do DoSol, em Natal; do Ponto.Ce, em Fortaleza, dentro outros.


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Raio X com o Violins, que estréia no festival Abril Pró-Rock

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