O Radiohead acaba de terminar um lote de músicas novas. Maravilha! Dirão os fãs. Mas há um problema: segundo o baixista Colin Greenwood explicou num longo artigo publicado para uma entidade britânica anti-censura, a banda não sabe como lançá-las “num cenário digital que mudou mais uma vez”.

Em 2008, a banda lançou seu álbum In Rainbows pela web, oferecendo aos fãs a possibilidade de pagar o quanto quisessem ou mesmo de baixar de graça o disco. A ação foi inovadora e polêmica, especialmente se tratando de uma banda de sucesso consolidado. Um terço dos fãs optou por pegar o disco de graça, sendo que o valor médio dos downloads pagos ficou em quatro dólares.

A experiência valeu a pena, segundo Greenwood, mas o momento agora é outro. Ele escreve que atualmente “a música parece um primo pobre do software” e que ele praticamente não compra mais CDs, pegando música de muitas fontes diferentes como iTunes, Spotify, steaming e podcasts.

Ao mesmo tempo, Greenwood sente falta “da editorialização da música, curadoria de pessoas como o radialista [John Peel] ou uma boa gravadora. Gostava de estar numa gravadora que tinha a gente junto com o Blur, Beastie Boys e os Beatles.”

E concluiu, não concluindo: “Ainda precisamos decidir como lançar nosso próximo disco, mas espero que essas impressões parciais ajudem a dar uma ideia do tipo de conversas que temos tido”.


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Radiohead tem músicas novas prontas, mas ainda não sabe como lançá-las

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