Foram 1.109 CDs, 165 DVDs e incontáveis horas ouvindo os candidatos, mas o júri finalmente chegou aos 106 artistas indicados e está tudo pronto para a cerimônia de entrega do 24º Prêmio da Música Brasileira, nesta quarta-feira (12), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Os vencedores, escolhidos por nomes como Yamandu Costa e João Bosco, entre outros, serão conhecidos em uma noite que homenageará Tom Jobim, cuja obra influenciou a maioria dos músicos brasileiros. É o caso do recordista em indicações do ano, o compositor, violonista, arranjador e produtor carioca Mario Adnet.

Mario, que tem seis indicações em duas categorias, “arranjador” e “projeto especial”, sendo o único concorrente em ambas, falou sobre a importância do maestro em sua carreira.

“Tom é uma grande referência para mim, sempre foi, já fiz vários discos com a música dele, como o Jobim Sinfônico, que inclusive me rendeu um Grammy Latino na categoria melhor CD erudito”, recordou.

Sobre o curioso páreo, Adnet – tio do ator e comediante que ficou conhecido pelo sobrenome – comentou que ainda não havia passado por algo assim: “Nunca tinha acontecido. Estou concorrendo comigo mesmo, então já ganhei, só na sei com o quê”, brincou.

O músico concorre com os três CDs que lançou em 2012: Amazônia, na Trilha da Floresta, Um Olhar Sobre Villa-Lobos e Vinicius & Os Maestros.

Em seguida, com três indicações, vem Caetano Veloso, concorrendo a melhor canção com a fossística Estou Triste e melhor cantor na categoria pop/rock/reggae/hiphop/funk pelo álbum Abraçaço – que concorre também a melhor projeto visual.

Também lembrada três vezes, Maria Bethânia disputa com o irmão com sua primeira indicação à melhor canção, pela coautoria com Paulo César Pinheiro na imponente e ecumênica Carta de Amor; além de concorrer a melhor cantora e melhor disco, com Oásis de Bethânia, na categoria MPB.

Outro baiano, Gilberto Gil, está no páreo da disputa de melhor cantor na categoria MPB, melhor disco com Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmo e ainda melhor DVD, pela gravação do mesmo projeto.

E parece que foi mesmo a Bahia que encheu os olhos dos jurados: a soteropolitana Mariene de Castro, indicada a melhor cantora de samba e melhor disco por Tabaroinha, defende também Orixá de Frente, que disputa como melhor canção.

Zélia Duncan, disputando as categorias melhor disco e melhor cantora pop/rock/reggae/hiphop/funk por “Tudo esclarecido”, além de melhor projeto visual pelo álbum; e João Bosco, indicado a melhor cantor MPB e melhor disco por “40 anos depois”, além de melhor canção pela coautoria de “Eu não sei seu nome inteiro”, completam o quadro dos principais nomes da noite.

A cerimônia, apresentada por Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan, terá músicas de Jobim interpretadas por Gal Costa, Nana Caymmi, João Bosco, Céu e vários outros.

O ponto alto da noite promete ser o encontro dos pianistas João Carlos Martins, Wagner Tiso, Gilson Peranzzetta, Cristóvão Bastos, João Carlos Coutinho e Leandro Braga, apresentando uma versão inédita para a imprescindível Eu Sei que Vou te Amar


int(1)

Prêmio da Música Brasileira consagra Mario Adnet e vê 'monopólio' baiano

Sair da versão mobile