Atrações do Palco Sunset


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Apostando em encontros inusitados entre artistas de diferentes estilos, o Palco Sunset pretende roubar a cena na edição brasileira deste ano do Rock in Rio. São 24 shows preparados especialmente para o festival, misturando sons como rock, pop, punk, heavy metal, samba, MPB, entre outros.

Pela primeira vez no Brasil, o Palco Sunset já teve três edições (duas em Lisboa e uma em Madri) e oferece aos artistas liberdade para experimentar: podem interpretar o repertório uns dos outros, convidar mais nomes para subir ao palco e soltar a criatividade.

Para esta primeira edição nacional, o Sunset aposta em shows de Mike Patton (vocalista do Faith No More) com a Sinfônica de Heliópolis, Cidade Negra com Martinho da Vila e o rapper Emicida, a cantora Tiê com Jorge Drexler, Erasmo Carlos com Arnaldo Antunes, Ed Motta e Rui Veloso com Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura), Milton Nascimento com Esperanza Spalding, Matanza com BNegão e Mutantes com Tom Zé. Confira a programação completa na galeria acima.

O Vírgula Música entrevistou o cérebro por trás da curadoria do Palco Sunset: o músico Zé Ricardo. Ele nos contou como surgiu a ideia de fundir tantos artistas díspares em cima de um palco e como funciona o processo de seleção de bandas. Confira abaixo.

É a primeira vez que o Rock Palco Sunset chega ao Rock in Rio no Brasil. Como está a expectativa para esta edição?

Estamos naquela reta final e dá aquele frio na barriga. O festival está vindo pela primeira vez com o Palco Sunset no Brasil, mas já fiz ele em 2008 em Lisboa e em 2010 em Lisboa e Madri. É um prazer enorme, acredito que me enriquece muito como cantor e músico.

Como surgiu a ideia de juntar artistas tão diferentes no mesmo palco?

Criei isso em 2003, quando pensamos que aqui no Brasil seria legal os artistas se encontrarem para fazer uma jam session aberta para o público. Surgiu com um projeto menor, chamado Open Air, que fizemos no Rio de Janeiro e em São Paulo em 2003 e 2004. Em 2005 tivemos uma edição em Portugal. Isso chamou atenção do Roberto Medina [empresário e publicitário idealizador do Rock in Rio] e ele me convidou para fazer isso no Rock in Rio em 2008. Me convidaram porque queriam transformar o Sunset em um palco tão importante quanto o Palco Mundo. Então apresentei um conceito novo, promovendo somente encontros de artistas do mundo. Isso fez muito sucesso nas edições de Madri e Lisboa.

Como que você monta a programação do Palco Sunset?

Eu vou viajando nessas loucuras. Primeiro eu vejo as necessidades do palco, a diversidade que o Sunset precisa ter. A partir daí eu escalo os headliners que se encaixam para completar essa diversidade. Chego para um artista e pergunto ‘com quem você gostaria de fazer?’ e ele me dá uma sugestão. Às vezes eu pergunto ‘o que você acha de fulano?’ e de acordo com a resposta vamos atrás. Vai muito da conversa. Com o Mike Patton, eu passei cerca de seis meses tentando apresentar o projeto de Heliópolis, porque foi difícil o acesso a ele para apresentar a proposta. É um palco que não pode ser fechado somente através de assessoria ou empresários, o artista precisa se envolver. Tanto que, quando consegui conversar com ele, nós fechamos a participação na hora.

Na sua opinião, quais shows você acha que serão destaque no Palco Sunset este ano?

Este ano aposto que o Mike Patton com a orquestra de Heliópolis vai ser incrível. Milton Nascimento com a Esperanza Spalding acredito que vai ser histórico. O Jorge Drexler com a Tiê também vai ser bem emocionante, Arnaldo Antunes com Erasmo carlos vai ser muito especial… São muitos ‘filhos’, é difícil escolher só um!

Qual o show que você queria colocar no Palco Sunset mas ainda não conseguiu?

Queria convidar o [guitarrista mexicano] Santana para o palco. Não sei ainda com quem, mas queria trazê-lo para 2013!

Você tem um trabalho autoral como músico e acabou de lançar um novo álbum este ano, Vários em Um, que também é marcado por várias participações, como Armando Marçal, o maestro Laércio de Freitas e o cantor português Tim, da banda de rock Xutos & Pontapés. Como está o trabalho de divulgação dele?

Ele não tem nem um mês de vida, acabou de sair. Mal chegou nas lojas mas já está começando a ser bem recebido. Assim que acabar o Rock in Rio eu volto a fazer shows. Tenho um no dia 11 de novembro em Portugal e outro provavelmente dia 15 de novembro na Espanha. Depois volto para cá para fazer shows no Brasil. O Rock in Rio é a prioridade máxima agora, mas graças a ele meu trabalho como músico também está tendo uma boa visibilidade.


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