Depois de boas apresentações das bandas brasileiras, o Planeta Terra começou sua leva de shows internacionais com o Of Montreal, que subiu ao Main Stage por volta das 19h.

O grupo montou um verdadeiro teatro no palco, com monstros robóticos, fantasias bizarras (o vocalista Kevin Barnes estava com uma calça família Restart, uma “saia” na parte da frente e totalmente multicolorido), lutas entre personagens e muita, muita atuação.

A turnê do bom álbum False Priest surpreendeu o público que aguardava no Main Stage, já que as versões ao vivo são muita mais energética e bem estruturadas do que as versões de estúdio. Enquanto que no álbum o forte do of Montreal são as letras, ao vivo a instrumentação ganha a cena e o vocalista consegue mostrar ao público que é preciso mais do que um bom repertório para fazer um bom show.

Kevin Barnes, aliás, caprichou: fazendo justiça às boas letras de False Priest, o vocalista interpretou cada uma das letras e criou novos significados a músicas como Coquet Coquette, Sex Karma, Bunny e a ótima Our Riotous Defects, no qual o músico canta sobre uma garota maluca pela qual se apaixonou.

O of Montreal também tocou Kongsvinger, Suffer for Fashion e Party.

Se o Of Montreal agradou pela alegria e pelo bom repertório, o Yeasayer foi na contramão, apostando no experimentalismo e no pouco uso de melodias em seu curto show no Indie Stage.

A banda, que está divulgando seu segundo álbum, ODD Blood, fez um show estruturado em músicas mais longas, com introduções cheias de efeitos eletrônicos. O som acabou ficando bem diferente do que se esperava, já que ao vivo o Yesayer utiliza muitas camadas de som, mas de maneira mais metódica. Os fãs, entretanto, não reclamaram, já que o show foi muito bem feito – pena que o som do Indie Stage estava baixo.

O grupo tocou músicas de seu novo álbum, como Ambling Alp, Madder Red, I Remember, e O.N.E, além de canções antigas, como 2080 e Wait for the Summer.


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Of Montreal e Yeasayer fazem bons shows no Planeta Terra e unem teatralidade e experimentalismo

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