Eles são como DJs mas em vez de sons misturam, manipulam, ou seja, “tocam” imagens escolhidas no calor da festa. Só não confunda com aquele pessoal que apresenta video-clipes na TV. O trabalho dos VJs na balada é algo bem mais artístico e técnico e envolve muitas horas de preparação.

O Brasil tem uma porção de VJs de qualidade e muitos inclusive já se apresentaram no exterior. O VJ Alexis é um dos pioneiros e já fazia projeções no final da década de 90. Depois, vieram nomes como Duva, Spetto, Palumbo e coletivos como Bijari, Embolex e Apavoramento.

Hoje, o trabalho desses profissionais tem ido muito além da balada: VJs já projetam também em galerias de arte, teatro, desfiles de moda, shows, restaurantes e COHABs na periferia. Seu trabalho dá uma bela enriquecida no visual de um ambiente.

No exterior, o boom também é forte. Grupos ingleses como Addictive TV, Eclectic Method e Coldcut estão na dianteira da área. Já o site da BBC de Londres disponibilizou todo seu arquivo de filmes e documentários para ser usado por VJs.

Mas afinal, o que faz exatamente um VJ? Muita coisa, e ainda por cima tudo ao vivo. Ele mexe nas texturas e nas cores, distorce visuais, intercala flashes de imagens e monta sequências em tempo real a partir dos bancos de imagens dos laptops. Existe muito espaço para improviso. Sem falar que tudo que se vê projetado na tela passou por dias de preparo. Alguns VJs até filmam atores para usar nos seus visuais.

Para “tocar” imagens, o VJ usa, além dos laptops onde armazena seu material, um aparelho chamado “switcher”, onde mistura tudo e põe efeitos. O “switcher” é para o VJ o que o mixer é para o DJ.

Uma mania entre os VJs é “remixar” filmes. Eles pegam produções de cinema e TV, como “Cidade de Deus” e “O Poderoso Chefão” e brincam com as imagens, montando novas e inusitadas sequências.


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O que faz exatamente um VJ?