No Dia da Mulher, Camilla Brunetta reflete sobre mercado musical (Foto: Felipe Archer)

No dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. E é cada vez maior o número de mulheres em mercado antes dominado pelos homens, como o da música. O número de DJs femininas, por exemplo, que se destacam nas pistas e nas playlists cresce a cada ano. Porém, como em todo campo de trabalho historicamente machista, existe uma cobrança maior sobre elas para provarem seus talentos, e sempre têm que fazer mais do que é esperado dos pelos homens.

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Entre os destaques atuais e que também enfrenta as dificuldades por ser uma mulher está a DJ Camilla Brunetta. Com dez anos de carreira, ela é uma das profissionais mais solicitadas do Brasil, e será um dos destaques do Festival Lollapalooza Brasil, que acontece no Autódromo de
Interlagos, em São Paulo, nesse mês de março.

“Já sofri preconceito e muitas vezes, e vem de forma velada. Já passei por situações de DJs homens que ficaram literalmente atrás de mim, observando e analisando se eu ‘toco bem’. Já tive DJ, que era amigo pessoal do contratante, pedindo para me tirar mais cedo do palco, no
meio do show; já ouvi de outro ‘até que pra uma mulher você toca muito bem’”, comenta a artista, dona do remix “Várias Queixas”, do trio Gilsons.

Ela também já lançou singles autorais, como “Hacer Maldade” e “Vai Sentar”, e em 2022, foi a vez do “Nesse Piquezin”. Em fevereiro desse ano, lançou o pop funk SimSalabim, em parceria com o DJ, apresentador, músico, produtor e digital influencer, Davi kneip, e 2F, produtor de Gaiola é o Troco.

Autodidata, Camilla Brunetta começou a carreira tocando hits das décadas de 90 e 2000 em festas para os amigos. Em 2012, criou a festa Vambora, onde começou a mostrar seu talento para um público cada vez maior. “Na época, não existiam profissionais que tocassem o que eu gostaria para o line-up. Então, eu e minha sócia começamos a nos aventurar como DJ na
nossa própria festa. Na primeira edição, demos sold-out para 700 pessoas em uma boate na Lagoa, no Rio. A partir daí, não paramos mais. Seguimos com o evento por aproximadamente 8 anos até que decidimos dar uma pausa”, relembra Camilla, que com o passar dos anos, foi agitando as festas mais badaladas do Rio de Janeiro e dominando as pistas de música por todo país.

Já foi headliner no projeto Tardezinha, residente dos Camarotes Rio (Sapucaí), Itaipava (Sapucaí) e parte do line-up do Réveillon Mil Sorrisos (Bahia) e Réveillon dos Milagres (Alagoas), entre outros. “Tento levar sempre muita energia para as minhas apresentações. Me
entrego de cabeça na hora do show e ao meu ver, o que diferencia cada artista é a sua performance no palco e sua troca com o público. Afinal, a música pode até ser a mesma, mas a entrega do artista tem que ser única. Normalmente, produzo remixes exclusivos para tocar nos shows, o que também é um diferencial das minhas apresentações”, diz DJ Camilla Brunetta.

 


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No Dia da Mulher, Camilla Brunetta reflete sobre mercado musical

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