A Broadway volta a falar português a partir desta quarta-feira, quando o musical “A Bela e a Fera”, sucesso nos palcos norte-americanos, estréia no Teatro Abril, em São Paulo.
A produção de oito milhões de reais é encenada por cerca de 40 atores, que contam com uma orquestra ao vivo e pesados figurinos (alguns com 20 quilos) montados por uma equipe de 26 costureiras e pintados à mão por cinco artistas. Isso sem falar nos nove profissionais responsáveis pelas 200 perucas do elenco.
Foram seis meses de preparação sob constante supervisão da Disney Theatrical Productions para que o musical mantivesse fiel aos padrões de “A Bela e a Fera” original.
Mesmo assim, a peça, além da versão em português feita por Claudio Botelho (de “Os Miseráveis”), não deixa de ter um “know-how” brasileiro.
“O pessoal da Disney ficou emocionadíssimo com a performance dos atores brasileiros”, disse Jorge Taklas, diretor da Divisão de Artes Cênicas da CIE Brasil, responsável por trazer o espetáculo ao país.
“Nós sabemos fazer musical porque a música está no nosso sangue. Temos escola de samba!”, afirmou Taklas, que dirigiu “Vítor ou Vitória”, com Marília Pêra.
O conto de 1756, escrito pela francesa Madame de Beaumont, narra a história de uma feiticeira que pede abrigo a um príncipe rude e egoísta.
Ao ter seu pedido de ajuda recusado, a feiticeira transforma o príncipe em um ser horrendo e os criados do castelo em objetos encantados. Para se livrar do feitiço, o príncipe precisa encontrar um amor verdadeiro para se arrepender e mudar suas convicções.
O musical de 2h40 é baseado no desenho animado criado pela primeira vez pela Walt Disney em 1930. “Mas eu acho que a peça tem mais conteúdo do que o desenho e é mais emocionante”, comentou a atriz Kiara Sasso, que faz o papel de Bela.