Ritmo acelerado e refrão fácil. Essa pode ser a explicação do sucesso que as marchinhas de carnaval fazem entre os foliões. E elas não precisam ser novas não. Há marchinhas da época dos nosso avós que continuam na ponta da língua dos jovens.

Antes dos hoje tradicionais sambas-enredo, eram as marchinhas que embalavam o carnaval. Descendente das marchas militares e populares portuguesas (como Vassourinha, de 1912, e A Baratinha, de 1917) elas fizeram sucesso entre as décadas de 20 e 60, quando começaram a declinar.

“São músicas que, ao mesmo tempo em que nos remetem a carnavais inesquecíveis, conservam a juventude que encanta as crianças de todas as idades. Em outras palavras, são eternas”, escreve sobre as marchinhas o jornalista Sérgio Cabral no roteiro do muscial Sassaricando, lançado este ano sobre os costumes carnavalescos.

Mostrando que o gênero continua atual, este ano os funkeiros cariocas Mc Leozinho e Mr. Catra lançaram o CD Bonde das Marchinhas, com objetivo de revirar o baú e regravar clássicos em versão funk.

Lamartine Babo foi um dos grandes compositores de marchinhas e Carmen Miranda uma de suas célebres intérpretes, entre outros nomes. Seu primeiro sucesso foi Pra Você Gostar de Mim, em 1930, uma marchinha famosa até os dias de hoje e que fez a carreira de Carmen deslanchar.

Mas não pára por aí: Mamãe eu quero mamar, Alla-la-ôh, Cachaça, Tem Nego Bebo Aí e Chiquita Bacana são outros exemplos de marchinhas famosas, e que mais de 50 anos depois, são obrigatórias em qualquer baile de carnaval.


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Marchinhas: o tempo passa e elas continuam na ponta da língua

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