O cantor Lou Reed mal desembarcou na terra da garoa e já reclamou dos hambúrgueres que lhe foram servidos, durante noite de autógrafos na última sexta, na Livraria Cultura, em Pinheiros.

Os lanchinhos vieram da conhecida Lanchonete da Cidade e segundo a assessora do músico, ele reclamou que a carne estava crua. A própria assessora tratou de devolve-los para a lanchonete, localizada abaixo da Livraria Cultura – Companhia das Letras.

Enquanto Lou Reed tentava resolver a indisposição com sua rápida refeição, mais de 200 pessoas esperavam por autógrafos e se aglomeravam do lado de fora da vidraça da loja para espiar o músico.

Lou Reed chegou a São Paulo durante o dia e fora apresentado à lanchonete por indicação do Sesc Pinheiros, onde passara o som pela tarde – e onde apresenta, amanhã e depois, seu projeto Metal Machine Music.

Às 19h15, mais de uma hora depois do horário marcado para a sessão de autógrafos, o faminto terminou de comer o lanche substituto, encomendado às pressas na loja do restaurante América, vizinha ao Conjunto Nacional, e desceu para os autógrafos.

Com barriguinha proeminente escondida sob a camiseta cinza, calça cargo preta e uma espécie de sapatênis verde e marrom de camurça, Reed se encaminhou até a mesa e reclamou assim que viu o primeiro da fila com três exemplares do livro Atravessar o Fogo (que inclui 310 letras de música dele traduzidas e no original) – queria autografar um só por pessoa, embora o combinado fossem mesmo três.

Um dos primeiros da fila, o editor da Companhia das Letras André Conti aproveitou a deixa para comentar com o músico sobre como foi difícil o trabalho de tradução e edição de todas aquelas letras. Reed, sempre de cara fechada, sem sorrir, respondeu: “E olha que conheço pessoas que leram tudo. E ainda me deram retorno.”



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Lou Reed dá autógrafos e reclama de lanche em SP

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