Já passava das 22h quando Lenine subiu ao palco do Tom Brasil, em São Paulo, para estrear o show da turnê do Acústico MTV, projeto que deve ocupar a agenda do cantor até meados de 2007.
A platéia, muito receptiva, mesmo sentada não parou em nenhuma das 23 músicas tocadas pelo pernambucano e sua big band.
Na Pressão abriu o show e foi acompanhada verso a verso pelo público. Depois das três primeiras músicas, os mais animados não se seguraram e foram curtir o show nas laterais do palco.
Na segunda música, Hoje eu Quero Sair Só, Lenine ganhou o público de cara, que imaginava ouvir um de seus maiores sucessos lá no final do show.
Lenine desfilou todos os sucessos que fazem parte do novo disco, Rede, A Ponte, Dois Olhos Negros, com um solo espetacular do baterista Pantico Rocha (que no CD e DVD ‘duela’ com Iggor Cavalera na faixa), a inédita Miedo, cantada em espanhol e português pelo público, O Atirador, Jack Sou Brasileiro, Ecos do Ão e por aí vai.
Nos poucos momentos em que dialogou com o público, disse que estava ansioso, afinal, “era uma estréia”. Agradeceu toda a equipe e banda, pessoas que segundo ele, são responsáveis pelo projeto do acústico acontecer.
Destaque para a iluminação na hora da música Santana, onde as luzes vermelhas reforçam os versos a santa de Santana chorou sangue/ chorou sangue/ era tinta vermelha.
Depois de mais de duas horas de show, o pernambucano retornou para um bis de três músicas, encerrado com Do It, tema da novela Belíssima que não entrou no disco acústico por integrar o anterior ao vivo In Cité. Nessa hora, grande parte do público já tinha abandonado as cadeiras e se aproximado do palco.
Lenine, ou “um mameluco de pernambuco”, como ele canta em Leão do Norte, mostra ao vivo que não é preciso se equipar com guitarras elétricas para ser rock’n’roll, na dança, na atitude e no som. O público paulista caiu na rede deste pernambucano. Não tem quem não caia.
