O novo disco do CPM 22, Cidade Cinza, traz uma banda mais madura, crescida. Para quem ouve o som dos caras desde os tempos de Regina Let´s Go, essa mudança é bastante perceptível.

Japinha, batera do CPM, conversou com o Virgula Música sobre essa nova pegada. “Crescemos. Na época, tínhamos 20 e poucos anos, hoje, já estamos na idade dos 30. As influências musicais são outras”, explicou em tom de brincadeira.

Contudo, um CPM mais velho, que deixou um pouco de lado aquele jovem hard-core californiano, com influências de NOFX e Bad Religion, e agora parte para bandas mais novaiorquinas, na linha de Mad Ball e Sick Of It All, não perdeu os fãs.

Japinha conta que o público ainda é muito fiel à época que começaram a tocar no circuito underground paulistano. “Dos tempos que tocávamos no Hangar pra hoje, ainda uns 70% da galera curte a gente. Os outros se espalharam, estão por aí”.

Quanto a cidade de São Paulo como tema para Cidade Cinza, o baterista falou que se inspiraram nessa metrópole porque gostam daqui e quiseram fazer algo “mais urbano”, citando o trânsito, o caos e, também, o lado bom.

“Talvez não seja definitivo”

A respeito da saída de Wally, o guitarrista, Japinha deixou bem claro que esse processo de separação foi “sussa” e que o cara pediu para dar um tempo, mas pode não ser definitivo.

Japinha explicou que o guitarrista foi quem fundou o CPM, lá nos idos dos anos 90. Desde o começo era ele quem produzia tudo: corria atrás de gravação das demos, agendava shows e tudo o mais.

“Quando o CPM chegou na grande mídia, a cada disco lançado, tínhamos e temos que fazer divulgação, shows de lançamento e essas coisas. Talvez o Wally cançou de tudo isso e decidiu dar um basta”, disse o batera.

E continuou: “Mais foi tudo sem brigas. Ele chegou a gravar o disco, fez alguns shows. Quando viu que não dava mais, conversou e foi”.

Por outro lado, Japinha conta que essa mudança na formação trouxe um “gás novo” para o CPM. Pela falta de um guitarrista, ele disse que a banda parece estar correndo atrás de um prejuízo e tocando com mais força.

“Não que éramos acomodados, mas agora estamos mais vivos. Parece que queremos substituir a falta que ele faz com o som e até músicas que não tocávamos mais, agora a gente está tocando”, concluiu.

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Japinha comenta 'Cidade Cinza' e a nova fase do CPM 22