Gabi Pasche supera relacionamento tóxico com samba autoral “Ponto e Fim” (Foto: Rodrigo Vaz e Felipe Nahon)

Para se livrar da dor e da tristeza de ter vivido um relacionamento tóxico e que estremeceu sua vida, a cantora e compositora carioca Gabi Pasche fez o que sabe de melhor: música! No dia 1 de junho, quinta, chega em todas as plataformas o single “Ponto e Fim”, um samba autoral que evoca o empoderamento e a superação após o término de uma relação abusiva.

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A canção é a primeira de 5 singles – sendo um deles com a participação de Zeca Pagodinho – que serão lançados até o fim do ano, e que compõem uma narrativa da superação desse relacionamento em direção à libertação e ao resgate da auto estima e do amor próprio. Em “Ponto e Fim”, Gabi Pasche apresenta uma letra confessional que, apesar do ritmo alegre do samba, relata os altos e baixos de uma união que a destruiu, mas que ficou no passado. A produção musical e os arranjos são de Leandro Pereira.

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“Ponto e Fim” tem coro formado por cantoras mulheres: Joana Rychter, Amanda Anibale, Yasmin Alves e Antonia Medeiros e também terá videoclipe, produzido por mulheres, com estreia marcada para o dia 15 de junho no YouTube: https://www.youtube.com/gabrielapaschevideos.

“Eu compus essa música alguns meses depois de sair dessa relação. Ainda estava mal, tentando me reerguer. Lembro que tomava banhos no escuro à luz de velas e chorava de soluçar. ‘Parir’ essa música me aliviou de alguma forma. Senti como se ela também fosse um lugar de acolhimento”, explica a artista, figura conhecida nas rodas de samba do Rio de Janeiro e que já cantou ao lado de nomes como Xande de Pilares, Jorge Aragão, Dudu Nobre, Mart’nália, Diogo Nogueira e Roberta Sá.

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Assim como muitas mulheres, Gabi Pasche demorou a entender que estava numa relação tóxica. Uma relação que levava o seu brilho, suas forças e o seu ânimo, inclusive de cantar. Em meio à pandemia, ela chegou, por vezes, a flertar com a depressão. Encontrou ajuda principalmente na terapia e na sua rede de apoio.

“Após gravar a canção, eu não sabia se queria me expor, mas lembrei que ouvir outras mulheres falando sobre isso me dava muita força. Então, achei que devia retribuir”, diz ela, que também chama a música de “samba-desabafo”.

Gabi já apresentou a canção nas redes sociais e em shows, e constantemente é surpreendida por reações emocionadas de mulheres que se identificam com a letra.

“Recebo muitos feedbacks emocionantes, infelizmente muita gente vive o que eu vivi. Certa vez, uma menina veio me abraçar chorando após um show e me agradecendo por ter cantado a música. É necessário  falar sobre isso e acredito que quanto mais falarmos, mais informação teremos e conseguiremos, enquanto sociedade, melhorar, pois é preciso conhecer as ferramentas para evitar uma relação-cilada”, afirma Gabriela, que tem como suas principais referências musicais Alcione, Marisa Monte e Dona Ivone Lara.

Foto da capa do single resgata o “brilho” perdido

As fotos de Gabi Pasche nua e coberta de purpurina dourada, clicadas por Rodrigo Ferraz e por Felipe Nahon, e que ilustram a capa do single, também foram uma artimanha sugerida por amigos, à época do fim do relacionamento, para que a cantora e compositora, de alguma forma, recuperasse seu brilho perdido.

“Achei simbólico usar essas fotos na divulgação do single, porque naquele momento elas foram muito importantes para eu resgatar um pouco minha autoestima e voltar a brilhar, mesmo que de fora pra dentro. Acredito que esses movimentos fazem a gente se mover e nem sempre vem de dentro pra fora. Lembro que chorei muito no final do ensaio porque me resgatei um pouquinho ali, voltei a acreditar em mim”, conclui.

SOBRE GABI PASCHE: Representante das jovens mulheres do samba, Gabi Pasche canta e compõe há mais de 10 anos. Fez participações nos shows de Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, no Samba do Trabalhador e teve convidados especiais em seus shows como Dudu Nobre, Mart’nália, Diogo Nogueira e Roberta Sá. Comanda desde 2017, anualmente, os shows do Camarote Folia Tropical, na Marquês de Sapucaí. Em 2015, lançou seu primeiro EP, “Sorte Danada”. Em 2017, lançou um disco com o grupo “Samba do Mercado”, que integrou por dois anos. Em 2019, lançou dois singles, produzidos por Alceu Maia, com participação especial de Rildo Hora. E participou de algumas gravações, como o “Dia de Samba no Bonfim”, homenagem aos 100 anos de Dona Ivone Lara; “Recomeço” com Papagaio Sabido; e “É você e mais ninguém” com Jorge Alexandre. Já se apresentou nas principais rodas de samba do Brasil, e fez shows internacionais em Nova Iorque e em alguns países da Europa. Tem ainda a sua própria roda de samba, o “Samba da Gabi” que acontece em locais diversos como o Selina, na Lapa e, ultimamente, na quadra do Cardosão, em Laranjeiras, ambos no RJ.

FICHA TÉCNICA:

Composição e voz: Gabi Pasche

Produção musical, regência e arranjos: Leandro Pereira

Bateria: Paulo Bonfim

Baixo Elétrico: Julio Florindo

Piano: Misael da Hora

Violão: Hudson Santos

Cavaco: Alaan Monteiro

Banjo: Fred Camacho

Surdo, Pandeiros, Repique de Mão: Adilson Didão

Tantã, Tamborim, Ganzá, Cuíca: Jorge Quininho

Clarone, Flauta: Dirceu Leite

Coro: Joana Rychter, Amanda Anibale, Yasmin Alves e Antonia Medeiros

Técnico de Som: Wilian Luna

Assistente: Magro

Fotos: Felipe Nahon e Rodrigo Ferraz

Videomaker: Rodrigo Ferraz

Produtora de arte: Tereza Monnerat

Maquiador: Diego Aucky

Mixagem: Wilian Luna

Masterização: Arthur Luna

Afinação: Daniel Alcoforado


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Gabi Pasche supera relacionamento tóxico com samba autoral "Ponto e Fim"