A jornalista e consultora de moda, Erika Palomino, participou do programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (3).

Desde 2001, Erika publica, em seu site (erikapalomino.com.br), assuntos relacionados não só à moda, mas à música e comportamento das tendências em geral do mainstream.

A moça já assinou, durante dezessete anos, a coluna Noite Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, onde abordava também assuntos relacionados à moda, comportamento e o que já foi chamado de “mundinho clubber”.

Aproveitando que a moça é entendida no assunto, o Virgula Música foi atrás de Erika para saber dela quando foi o início da convergência entre moda e música; o que ela acha de músicos que enveredaram no mundinho fashion; bandas que valorizam mais a estética do que o som que produz e quais músicos mandam bem, quando o assunto é estilo, e quem deixa a desejar. Confira a entrevista!

Você fala que moda e música andam juntos. Desde quando isso acontece?

Erika Palomino: Esse relacionamento entre moda e música começou desde o final dos anos 50 com as subculturas musicais relacionadas à cultura jovem, quando os jovens começaram a se agrupar em relação à preferência musical, gostavam de rock, rockabilly, e assim por diante.

Você poderia citar exemplo de estilistas que incorporaram essas subculturas à moda?

Erika Palomino: Por exemplo, o Jean Paul Gautier que foi o primeiro a olhar para a cultura dos clubbes noturnos, para levar essa estética para as passarelas. Mas, o rock hoje em dia alimenta muito a moda. Você vê editoriais de moda inspirados na Amy Winehouse, em desfiles, coleções inteiras, como Karl Lagerfeld. Acho que um universo alimenta o outro.

O que você acha de músicos que lançaram grifes, como a M.I.A. e Matt Sorum, do Velvet Revolver? Dá certo?

Erika Palomino: Acho que dá super certo, porque quem consume a música desses nomes, certamente, vai querer consumir o estilo deles. Também acho que é um jeito de trazer mais frescor e mais novidade para a moda como um todo.

Qual sua opinião em relação à bandas que tem um forte apelo estético, às vezes, relegando à segundo plano a qualidade musical?

Erika Palomino: Se você for pensar nos Strokes, que chamaram a atenção primeiro pelo visual super cool: os terninhos, os blaiserzinhos e as calças sequinhas que acabaram influenciando bastante o jeito de vestir de jovens no mundo inteiro, eles têm uma música tão boa ou melhor do que as roupas que vestem.

Qual músico manda muito bem em questão de moda? E quem manda muito mal?

Erika Palomino: Como eu disse, esse estilo da Amy Winehouse é muito influente, muito legal, independente dessa loucura toda dela. Por outro lado, acho que o visual da Kate Moss influencia muito tanto um público que curte rock, quanto as outras pessoas em geral.

E quem da música você acha que se veste muito mal?

Erika Palomino: Olha, vou te falar que eu tenho odiado as roupas da Madonna. Acho que ela está se vestindo de um jeito péssimo.

Ultimamente, qual banda você tem ouvido com freqüência?

Erika Palomino: Estou super ouvindo uma banda que se chama Vampire Weenkend, super legal. Comprei há umas três semanas o CD deles, em Londres. É bem diferente.


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Erika Palomino fala sobre convergência entre moda e música