“Sabemos que o lugar é grande. Mas é como se tocássemos para 53 pessoas”. A frase de Chester Bennington já avisa que o Linkin Park não está nem aí para o tamanho do público que vai presenciar o Chimera Rock neste sábado. O que o vocalista e todos os integrantes da banda querem é fazer um show que fique na memória dos paulistanos (e dos outros brasileiros que virão a São Paulo acompanhar a noite rock do Chimera Music Festival).

Nesta sexta-feira, Chester, Mike Shinoda (o outro vocalista) e o DJ Joe Hahn estiveram no Hotel Unique, na capital paulista, em uma entrevista coletiva. Aproveitando todas as oportunidades para tirar uma com a cara dos presentes, os roqueiros falaram sobre tudo, desde as expectativas para o show no Brasil (claro, pergunta básica nas coletivas), até as eleições nos Estados Unidos, passando pelo 11 de setembro e terminando em um conselho para bandas jovens. “No mundo da música, há muitas regras dizendo o que você deve deve fazer, qual caminho deve seguir. Nosso conselho é que as novas bandas sejam consistentes e não se deixem levar por essas regras”.

O SUCESSO

Passaram-se quatro anos desde que Hybrid Theory, o primeiro CD dos caras, caiu no gosto do público e eles se tornaram uma das novas bandas de rock queridinhas dos adolescentes. Com Meteora, o terceiro álbum, o sucesso de consolidou e o Linkin Park chegou definitivamente ao Brasil.

Chester Bennignton admite que até hoje não acredita no sucesso que a banda faz. “Nós ficamos surpresos quando chegamos a algum lugar e vemos que temos tantos fãs. Isso nos choca! Não sabemos por que fazemos tanto sucesso”. Brincalhão, Joe tem a resposta: “É por minha causa”.

Mike, no entanto, tenta explicar o êxito do grupo. “Como temos seis pessoas muito diferentes no grupo, quando escrevemos uma música juntamos seis estilos distintos. Por isso conseguimos atingir um público muito amplo”.

Mas entendendo ou não, o Linkin Park faz questão de agradecer o carinho que recebe, traduzido nos prêmios que a banda anda juntando por aí. “Todo prêmio que vem da audiência é muito importante pra gente. É muito diferente receber um prêmio da Billboard e um da audiência”, admite Chester.

MISTUREBA DE SONS

O Linkin Park é reconhecido por tentar reunir inúmeros estilos musicais em seus trabalhos. O motivo para essa mistureba? “Em Los Angeles, estamos expostos a diferentes tipos de música”, explica Mike Shinoda. “Em Meteora nós tentamos experimentar vários estilos ao mesmo tempo”.

Conhecer diversas partes do mundo e culturas distintas também ajuda os caras na hora de compor. “Eu acho que as pessoas nos Estados Unidos deveriam abrir mais a mente para conhecer outras músicas diferentes daquelas que tocam nas rádios”, comenta Chester Bennington sobre a falta de conhecimento dos norte-americanos sobre outras culturas. “É importante sair um pouco da sua cultura para conhecer outros tipos de pessoa. É legal ver crianças que não falam inglês cantando nossas músicas, falando palavras em inglês. Isso nos emociona”, concorda Mike.

No entanto, Chester reconhece que o público é igual em qualquer lugar do planeta. “Nós viajamos por todo o mundo e percebemos que as pessoas são iguais. Todas as pessoas aqui dentro dessa sala são iguais às pessoas das Filipinas ou de qualquer parte do mundo”.

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Entrevista com Linkin Park