Thiago França

Bruno Poletti/Reprodução/Facebook Thiago França

O saxofonista Thiago França fez uma postagem comentando o sucesso do Espetacular Bloco da Charanga do França. O “capitão” do bloco disse que a prefeitura estimou o público em 20 mil pessoas. “Sempre despreparados pro que virá, no primeiro ano esperando 400 pessoas, tivemos 2 mil; no segundo, esperando 4 mil foram 8 mil; esse ano, esperando 10 mil deu no que deu”, afirmou.

“Um puta caos, tem tudo pra dar errado, e a sensação é que pode dar errado a qualquer momento. Fazer um bloco aberto tem dessas, chega um monte de gente na hora, desalinhado, sem saber o que vai acontecer e a gente tem que coordenar todo mundo, fazer esse monstrengo andar. Mas faz sentido: abrir é o único jeito de sair da bolha, dar oportunidade a quem quiser colar é uma forma de enriquecer o rolê – e contar só com quem tá afim”, completou.

Thiago falou também que se surpreendeu com o resultado da oficina que ministrou para atrair novos integrantes. “Ah, a oficina… como tudo que eu faço, imaginei de um jeito e aconteceu de outro. Muito mais gente que eu esperava, uma galera dumas 30 pessoas, chegaram meio desacreditados e terminaram picados pelo bichinho do carnaval, num gás de querer mais no dia seguinte. Sabendo tocar, não sabendo, sabendo mais ou menos, todo mundo ficou ali, segurou o rojão, muito coração!”, elogiou.

“‘E aí, pra onde a gente vai?’ Trajeto novo, sabendo mais ou menos como ia ser. “Vira à esquerda, vamo pro Largo e pára na frente da Igreja”. Bora. No largo, um espacinho, um respirozinho e a gente vai pra saideira e a dispersão. Senta todo mundo, hora de agradecer. Ao lado da Igreja de Santa Cecília, o sino da igrejinha fez belém-blém-blom. Laroiê, Exu!!! Evoca Ogum, Oxóssi, Oxum, meu pai Xangô (Caô Cabecilê), Iansã, Obaluaê e Oxalá e fecha a gira”, afirmou.

“Acabou. Choro, abraço, beijo, mais choro, muitos significados, mil histórias envolvidas. Muito ‘muito obrigado’, abraços apertados, sinceridade dos olhos marejados. Um calorzão no peito, um nózinho na garganta. Amizades instantâneas, parcerias que se firmam, casais que se formam pra vida ou até o fim da noite, a irmandade secreta da metaleira se estabelece nos apertos de mão. “Não sei o que dizer”. Esse é o sentimento. Lembrei porquê eu faço isso. Terça-feira de molho, o inbox vira o SAC do bloco. No grupo do whatsapp começa o balanço e a organização pro ano que vem. Aos poucos, depoimentos, agradecimentos, umas 500 fotos no instagram, videos aqui e ali, queridos e desconhecidos vão me contando o que aconteceu. Festão”, completou.


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Em Santa Cecília, Charanga do França atraiu 20 mil pessoas: "Lembrei o porquê faço isso"