Bazar Pamplona, no primeiro momento, parece mais uma banda tentando ser diferente com um nome engraçadinho e curioso.
Mas, não. De um convite despretensioso na caixa de email para um show que fizeram no Centro Cultural Vergueiro – por sinal, não rolou a ida à tal apresentação – a uma visita no MySpace dos caras, passando por outros emails tentando conseguir uma entrevista demorada, não foi difícil começar a gostar do som que fazem: remete muito ao rock sessentista dos Beatles e também carrega uma boa influência dos brazucas Mutantes.
Bom, conheça o Bazar Pamplona, que tem um nome bonitinho, faz um rock super agradável e se descreve de uma maneira um tanto quanto curiosa: “No dia em que cresceu o primeiro bigode postiço, o tempo fechou. (…) A moça feia debruçou na janela, pensando que o Bazar Pamplona tocava pra ela”.
Não entendeu nada? Não se preocupe, quando ouvir o som da banda, tudo ficará mais claro.
Início
O Bazar começou com uma história não muito diferente de outras bandas. Dois amigos, moradores da mesma república de estudantes, Estêvão (vocal e guitarra) e o João Victor (guitarra) decidiram tocar. Logo, através de um anúncio no site da Trama Virtual, encontraram o Rodrigo Caldas (bateria) e por um contato de um amigo, conheceram o Rafael Gaino (baixo). Isso foi no início de 2004. Mas em 2006, “houve a troca de ‘Rafaéis no baixo”, como explicou o atual Rafael, o Capanema.
Nome e influências
Para explicar um nome desses, meio sem sentido, Capanema revelou que já criaram várias teorias. Talvez a mais aceita seja a de que “uma tia do João Victor tinha um bazar na rua Pamplona, onde vendia produtos espanhóis da cidade de Pamplona”. Ok, entendemos.
Quanto às influências, de cara não tem como negar o estilo dos caras: gostam de Beatles, Wilco, Mutantes e os outros tropicalistas – Caetano, Gal, Tom Zé.
Shows e músicas
Capanema contou que o Bazar já tocou em festinhas de aniversário, ex-prostíbulos e algumas cidades país a fora. Já rodaram boa parte do “chamado circuito alternativo” de São Paulo – Funhouse, Studio SP, Outs, Berlin – além de cidades do interior paulista e fora do estado também. Mas, segundo o baixista, os lugares que mais curtiram foram o Sesc Pompéia, em sampa, Londrina e Maringá, no Paraná e Belém, capital do Pará.
Onde ouvir as músicas do Bazar? Algumas canções estão disponíveis na página do MySpace dos caras, como as fofas Céu de Cinema Americano e Agora Eu Sou Vilão, que “as pessoas já costumam cantar junto nos shows”, contou Capanema.
Além disso, o Bazar tem um EP pronto desde 2006, o Músicas que Caem em Pé e Correm Deitadas. Mas o disco “cheio”, À Espera das Nuvens Carregadas, sairá ainda nesse ano.
Futuro e programa ‘Mais Você’ (?)
Quando perguntado sobre o futuro da banda, se pretendem um dia ir à Hebe, Rafael Capanema mandou: ” Adoraríamos ir na Hebe, mas legal mesmo seria ir no “Mais Você”, de manhãzinha, com a Ana Maria Braga”.
Outras cosas
Se você der uma passadinha no MySpace dos caras e achar esquisita a descrição da banda, não ligue. Afinal, como Capanema disse, “os releases costumam ser um negócio meio chato. Tentamos fazer algo diferente”.
E se liga nas bandas legais que ele citou: Pélico, Instiga, Telepatas e Apanhador. Agora é correr e escutar.
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