"Cuba, que é um país agrícola, está importando 84% dos alimentos de que precisa, fundamentalmente dos EUA. O salário em termos reais é 24% dos níveis de 1989. Eles são obrigados a fazer reformas, queiram ou não, porque isto é insuportável”, diz o economista.

Em entrevista ao Virgula, o professor de Ciências Políticas da Unicamp, Reinaldo Moraes, não acredita no retorno do ditador “Fidel está muito velho, sua saúde foi muito abalada ao longo dos anos, ele sofreu muitos atentados e tentativas de golpe”.

Para Reinaldo, o destino de cuba está nas mãos dos EUA, União Européia e do Mercosul (Mercado Comum do Sul). “São esses grandes países que irão indicar o caminha para qual Cuba irá se dirigir”. Levando em conta o frágil estado de saúde de Fidel, o professor acha que, após a morte do ditador, o país terá muita dificuldade em manter o sistema político, “a liderança de Fidel é muito forte e não há ninguém para substituí-lo, o sistema político não sobreviverá à morte de Castro”.

Agora é esperar o dia 24 de fevereiro, quando o novo Parlamento definirá o futuro de Fidel Castro. Nesta data se saberá se o ditador assumirá o poder novamente ou se ele irá renunciar, como se comenta em boatos. A espera pela posição de Fidel será a espera pelo futuro de Cuba.

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Para professor, sistema político não sobreviverá sem Fidel