Um documentário que está sendo veiculado pela Mix TV conta a história dos DJs brasileiros. Estão lá desde Osvaldo Pereira, o primeiro “maestro mecânico” do país, até Erick Jay, vencedor em três ocasiões da etapa brasileira do DMC, principal competição de DJs no mundo. Estão lá os depoimentos de pesos pesados como Mau Mau, KL JayMarlboro, Hum, Renato Cohen e Grand Master Ney e de Claudia Assef, autora do livro Todo DJ Já Sambou (Conrad).

Dirigido por Zé Rodolfo Rime, a terceira edição do Doc Mix vai ao ar no domingo (04) às 23h. No programa, seu Osvaldo ensina que um bom DJ precisa conhecer seu instrumento de trabalho e a quem se destina sua mensagem musical. “Você precisa antes conhecer o equipamento, de familiarizar. Depois ir nas festas, conhecer o perfil do público, das músicas”, afirma.

Veja chamada do programa

DJ Hum, pioneiro do hip hop, com Thaíde, ressalta que o DJ antes de tudo “deve ter uma boa coleção de discos”. Cohen, autor do hit mundial Pontapé defende que “o mais importante além de técnica com repertório é a sensibilidade de fazer na hora certa”. “De conseguir captar a energia do lugar e saber exatamente o que fazer”, diz o produtor de tecno.  

 Que Tempo Bom, Thaíde e DJ Hum

Claudia Assef aponta que um bom DJ “sabe a capacidade que ele tem de atrair, emocionar e se comunicar com as pessoas com a música com a música que ele toca, seja dele ou de outros”. JL Jay, dos Racionais MCs, vai na mesma linha. “O DJ é o motorista de uma nave, de um ônibus, cabe a ele proporcionar uma boa viagem aos passageiros”, filosofa.

Space Funk, DJ Mau Mau

Totem da noite em meados dos anos 90, com suas performances nos after hours da Hells, Mau Mau ressalta a necessidade de se projetar um imprint pessoal na arte de discotecar. “Não só fazer as pessoas se divertirem, mas você mostrar um pouco da sua personalidade”.

Erick Jay

Ainda entre os ricos depoimentos, entremeados por imagens históricas como a destruição promovida por vossa majestade DJ Marky (uma ausência sentida), o prodígio Erick Jay também vai às raízes. “Batida, criatividade, entre outros. E tempo e ritmo, o que todo DJ tem que ter”, professa. Como dizia a faixa do DJ Hype, “roll the beats”.


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De seu Osvaldo a Erick Jay, programa de TV conta história dos DJs brasileiros