Em busca de um som diferente do que tocava no Holly Tree, Zeh Derliner formou o Borderlinerz, em 2003, na qual faz um som pautado pelo punk 77. Os caras começaram cantando em inglês, mas após o lançamento do primeiro disco, resolveram que com letras em português a mensagem poderia ser melhor elaborada.

Os caras lançaram recentemente o terceiro disco, no final de 2007, mas nem pensam em ficar parados e já trabalham nas músicas do próximo CD, que poderá ter suas letras cantadas novamente na língua da terra do tio Sam.

Além do Borderz, Zeh toca em projetos paralelos ao lado de Thunderbird e também faz as vezes de músico de apoio quando os amigos precisam. Exemplo disso foi o show de lançamento do segundo CD do Daniel Belleza e os Corações em Fúria, que aconteceu no Inferno, na última quarta-feira (7), em que o músico assumiu uma segunda guitarra ao lado de Johnny Monster.

Ao longo de seus cinco anos de existência, o Borderlinerz se tornou popular principalmente entre o público moderninho de clubes como Outs e afins. Tal fato chamou a atenção do Virgula Música, que foi atrás do vocalista e baixista, Zeh, para saber mais sobre a banda. Confira o raio-x dos caras!

Início

O Borderlinerz teve formações diferentes, desde seu surgimento em 2003. O atual line-up conta com Zeh (vocal e baixo), Fil Jota (guitarra e backings) e Paulo Soares (batera), está a mais ou menos um ano.

“Conheci o Fil pela internet. Paulo já conhecia da faculdade, onde eu estudava Rádio e TV e ele, Publicidade. Em um momento que estávamos sem batera, chamei-o para completar a banda”, conta Zeh em entrevista ao Virgula Música.

Mas, antes do Borderz, o frontman e fundador da banda tocava bateria em uma outra chamada Holly Tree. “A gente tocava desde os 13 anos, aí chegou uma hora que eu queria fazer outro tipo de som. Saí em 2003 e pouco depois a banda acabou, em 2004. No mesmo ano em que saí, montei o Borderlinerz

Além de sua experiência prévia no Holly Tree, Zeh toca em projetos paralelos com o ex-VJ da MTV, Thunderbird. “Toco no Devotos de Nossa Sra. Aparecida e na Fuck Berry, na qual fazemos versões de Chuck Berry e músicas dos anos 50”, conta Zeh. “Tínhamos outro projeto chamado ‘Los Beatles Forevis’, mas que acabou, demos um tempo…”, completa.

Além dele, o batera Paulo toca em outra banda, paralelamente ao Borderz, chamada Baobä Stereo Club, que faz um som instrumental. E Fil é tatuador.

Músicas

A banda possui três álbuns de estúdio. O primeiro, Elvis (2003), traz letras mais simples e diretas compostas em inglês e um som pautado no punk rock cru. A partir do segundo CD, O Simples É Complexo (2005), as faixas passaram a ser cantadas em português.

“Eu achava minhas letras em inglês simples demais. Desse jeito, achava que só escreveria letras legais, se eu estivesse morando nos Estados Unidos. Quis começar com o inglês por causa da sonoridade. Mas, foi uma fase”, explica Zeh.

De fato, tanto O Simples é Complexo, quanto o terceiro disco, A Verdade Sobre A Mentira (2007), têm letras mais elaboradas (cantadas em português) do que o Elvis. “Não acho que letras muito simples cantadas em português soem legais”, comenta.

Os caras já pensam no próximo disco do Borderz e, diferentemente do terceiro CD, que foi lançado apenas no site da Tramavirtual, o quarto terá formato físico.

“Já criamos sete músicas para o quarto disco. Estamos em fase de pré-produção dessas músicas. O CD deve sair no final do ano e deve ser cantado todo em inglês, a princípio”, conta Zeh.

Influências e Nome

Quanto às influências da banda, Zeh disse que é difícil pontuar, pois “eu escuto muita coisa, desde Miles Davies até Ramones”. Segundo ele, o primeiro CD é mais punk, tipo MC5 e Ramones; já o segundo soa “mais pesado, mais lento, meio grunge”; e o terceiro mistura elementos dos dois anteriores, numa pegada mais punk rock. Zeh contou também que, atualmente, está ouvindo bandas como Radiohead, Queens of the Stone Age, Beatles, Beck

Já em relação ao nome, Zeh explica: “Borderliner é um distúrbio mental em que a pessoa fica no limite entre ser normal e ser louca. Peguei esse nome do filme Garota Interrompida, em que a Winona Ryder, sofria do distúrbio.”

Shows

A banda já se apresentou em tudo quanto foi lugar em São Paulo, em casas como o Outs e Inferno, na rua Augusta; e CB Bar, na Barra Funda. Já em relação aos festivais, constam no currículo do Borderz o Goiânia Noise, o Calango, em Cuiabá, o Indie Rock, em Belo Horizonte, dentre outros.

Nesse momento, a banda está concentrada na pré-produção do sucessor de A Verdade Sobre a Mentira, por isso, não têm previsão de shows. Quando estiverem com esse trabalho encaminhado, diz Zeh, a banda pretende dar preferência para apresentações fora da capital paulista. “Tocamos muito em São Paulo, agora queremos expandir nosso trabalho para outros lugares.”

Planos

“No final de 2007, lançamos um CD, um clipe e vídeos que estão no nosso MySpace. Estamos numa fase de divulgar esses materiais, além de trabalhar no nosso próximo disco”, conta.

Para os interessados, as músicas do Borderlinerz estão disponíveis no site Tramavirtual.com.br, no MySpace dos caras (/borderlinerz) ou no site da banda (www.borderlinerz.com.br).


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Confira o Raio-x com a banda paulistana Borderlinerz

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