Bastidores da coletiva de Ivete Sangalo em SP


Créditos: Gabriel Quintão

Enquanto grandes nomes da música brasileira, como Djavan, têm optado por coletivas online, Ivete Sangalo reuniu cerca de cem jornalistas, no hotel cinco estrelas Sheraton São Paulo WTC, na semana passada.

O motivo foi o lançamento do CD e DVD Multishow ao Vivo Ivete Sangalo 20 anos (Universal). Em tempos de vacas magras para as gravadoras, apesar da cantora baiana ter dito na conversa que não se sente uma diva, na prática, ela é uma das poucas que restaram na música brasileira. “Essa brincadeira não sai por menos de R$ 50 mil”, disse uma fonte próxima à cantora, que falou ao Virgula em off.

Nos tempos áureos, as gravadoras distribuíam brindes, mimos e viagens para jornalistas a título de jabá, jargão usado tanto para classificar os presentes ganhos, como o pagamento feito para que rádios e TVs executem a música de determinado artista.

Quando as gravadoras nadavam em dinheiro, elas levavam o É o Tchan, por exemplo, para gravar no Havaí. Se a banda de Cumpadi Washington e Beto Jamaica vendia duas milhões de cópias, hoje a realidade é bem mais monástica. O novo trabalho de Ivete, uma campeã de vendas sai com tiragem de 250 mil cópias, entre CD, DVD e DVD duplo.

O DVD é a bola da vez. De acordo com a mesma fonte, o formato faz sucesso porque gravadoras e as produtoras dos artistas dividem os custos. O DVD é um cartão de visitas para o artista, os fãs que não podem pagar pelos salgados ingressos de shows têm a chance de assistir à apresentação, ao lado da família e dos amigos, quantas vezes quiser. “É bom pra todo mundo”, constata.


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Com coletiva que custou R$ 50 mil, Ivete é uma das últimas divas

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