Com o pôr-do-sol ao fundo, Nando Reis abriu a 5ª edição do João Rock, maior festival de rock do interior do estado de São Paulo, realizado neste sábado em Ribeirão Preto.

No repertório as músicas do disco ao vivo, acompanhadas em coro pelas mais de 30 mil pessoas que estavam no estádio Palma Travassos, local dos shows, e poucas novidades.

Sempre alegre e muito animado, Nando esquentou as vozes para a apresentação de Rita Lee, ou a vovó do rock, nas palavras da própria. Ao saudar o público – “Boa noite República de Ribeirão” – Rita destilou seu veneno e perguntou por Palocci. Pediu para se caso alguém o encontrasse lhe dizer que ela também queria um ‘dindin’.

Irônica e irreverente, a versão feminina de Mick Jagger – ou vice-versa – mostrou que ainda vai ficar na estrada do rock por muitos anos, acompanhada pelo marido Roberto de Carvalho e o filho Beto Lee. Aliás, na família Lee, o nepotismo é válido em nome do rock’n’roll.

Uma das atrações mais aguardadas da noite e debutando no festival, o Charlie Brown Jr fez o público pular. Chorão trouxe toda a ‘família’ para o palco, – banda, skatistas, grafiteiros e rappers – onde foi montada uma pequena pista de skate. Correndo de um lado para o outro do palco, a banda de Chorão fez o segundo melhor show da noite, marcado pelas declarações de amor do vocalista à vovó Lee.

Depois dos santistas, foi a vez do CPM 22 entrar no palco. Os paulistas fizeram o café-com-leite, o básico: entraram no palco e cantaram. Mas não animaram o público, que estava na expectativa do show do O Rappa.

Já era quase meia-noite quando O Rappa começou a tocar. Alguns fãs mais animados pularam a grade que separa o público do palco, mas logo foram convidados a retornarem ao seu lugar. O Rappa fez o melhor show da noite, sendo acompanhado letra a letra pelo público. Mensagens políticas e sociais na voz de Falcão marcaram a apresentação.

Depois do O Rappa, algumas pessoas deixaram o estádio e os gaúchos do Cachorro Grande tocaram para um público um pouco menor do que as outras bandas. Mas nem por isso, menos animado.

Tratados como banda revelação, os gaúchos já estão na ativa há pouco mais de cinco anos, e comandados pela irreverência do vocalista Beto Bruno, fizeram o show mais divertido da noite, é claro, regado a
rock’n’roll.

A organização do João Rock previa oito horas de música sem parar. Já eram quase 3h da manhã quando o Cachorro Grande deixou o palco do festival. Ou seja, foram quase dez horas de música. Ninguém reclamou.

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Rock, política e irreverência marcam o festival João Rock