Hoje é o lançamento oficial do novo álbum de estúdio dos cariocas do Rappa, batizado de 7 Vezes.
O álbum representa um passo importante da banda, por ser o primeiro CD desde a morte do produtor, grande colaborador e um dos grandes responsáveis pela evolução musical da banda, o lendário Tom Capone.
Em entrevista coletiva realizada ontem, Marcelo Lobato (bateria), Alexandre Menezes (Xandão, guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Falcão (voz) falaram sobre o processo de criação e composição do álbum.
“Você tem que reinventar o seu som. Tem que saber de onde vem a sonoridade que você quer”, disse Lauro.
Falcão deixou bem claro que o Rappa ainda tem as mesmas preocupações: “Se você não se comunica com o mundo, o mundo não se comunica com você.” E ele continua: “Nós sempre defendemos algumas coisas porque não podemos nos esquecer de onde viemos.”
Temática
O Rappa ganhou notoriedade por tratar assuntos delicados como tráfico de drogas e violência urbana de uma maneira toda particular.
Mas mesmo sendo uma banda politizada, o baterista Lobato faz questão de dizer que a banda não aponta o dedo para ninguém.
“Nós nunca ficamos falando que ‘isso é certo’ e ‘aquilo é errado’. Nossa verdade é a música que a gente faz. Sem nunca priorizar o texto em detrimento da música.”
O Sete
O sétimo disco do quarteto chega às prateleiras carregado de significados e simbolismos.
A capa com os números 7 encaixados, mais a mão de falcão que forma um número sete, acabou por gerar uma certa discussão em cima do conceito.
O 7 é um número muito usado em várias facetas do exoterismo, e é claro que O Rappa tem uma explicação para a escolha do número.
“Essa coisa do simbolismo está sempre presente na vida diária. Se você pegar o sete, por exemplo. São sete notas musicais e sete pecados capitais. O número sete está presente tanto para coisas boas quanto para as coisas ruins.” Conta Lobato.
E o baterista continua: “Nosso objetivo é botar a galera para pensar mais nas coisas.”
Escute a faixa “Monstro Invisível”