A sueca Neneh Cherry classifica como “broken soul” o som que faz com sua banda CirKus, mais uma atração do Tim Festival. “É soul, mas não o tradicional. Jornalistas precisam catalogar a música, então dizem que é trip hop”, diz a cantora.

Além de Cherry, compõem a banda a pós-adolescente Lolita Moon, o tecladista Kamil e o guitarrista Burt Ford, que, na verdade, é Cameron Mc Vey, colaborador do Massive Attack, em Blue Lines (1991), e marido de Neneh Cherry.

O grupo é um dos escalados para o Tim Festival e se apresenta neste sábado, no Rio, no domingo, em Vitória e na segunda, em São Paulo.

O grupo tocará faixas de seu álbum Laylow, que será lançado no Brasil esta semana. O disco é uma espécie de escape à carreira solo de Cherry.

“Queria trabalhar de uma maneira diferente. Ser artista tem a ver com viajar, estar em lugares diferentes, absorver experiências. Eu estava me acomodando como uma cantora pop, alguém como Jennifer Lopes, Beyoncé… estaria num lugar estranho”, conta a cantora à Folha. “Com a banda, senti mais liberdade para arriscar. Mas, provavelmente, farei um disco solo no ano que vem”.

O processo de produção do Laylow começou com Ford e Kamil numa casa na Inglaterra. A dupla chamou Lolita para integrar algumas vozes. Depois, veio Cherry.

“Estava junto quando tudo começou. Eu ouvia as faixas e me via nelas, me sentia como um fantasma dentro das canções. Então, fiquei bem feliz quando eles me chamaram para cantar”.

Sobre as apresentaçãos ao vivo da banda, Cherry comentou: “A dinâmica mudou, é bem diferente de quando estávamos no estúdio. [Ao vivo] parece mais forte, às vezes até rock. Somos em seis no palco. Não me pergunte como será o show. Muda a toda hora”.

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Neneh Cherry, atração do Tim com Cirkus, diz tocar um 'broken soul'

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