Os jornalistas têm uma relação de amor e ódio com Lily Allen. A cantora, apelidada de “Lily, the kid” pelo jornal britânico The Observer, fala muito do que você espera que ela fale pouco e vice-versa. Mas, independente de falar demais ou de menos, pessoalmente, Lily Rose Beatrice Allen não é a figura polêmica que vemos nos tablóides ingleses.

Antes de subir ao palco como uma das atrações principais do festival Planeta Terra, a cantora recebeu o Virgula-Música no hotel para falar da vinda ao Brasil, próximo disco e carreira. Quanto aos shows, disse estar ansiosa especialmente por que não sobe ao palco já há algum tempo. “Estou um pouco nervosa. Não sei como vai ser”, disse ela. “Vamos ver”.

Lily disse que está muito feliz com a carreira. Apesar de alguns shows cancelados e da constante perseguição dos tablóides ingleses – que adoram publicar o que ela diz ou faz em festas ou na vida pessoal – ela tem “um dos melhores trabalhos do mundo. É difícil como todos, mas há piores”.

Pra quem acompanha a rotina de um músico desde pequena – ela é filha de um e afilhada de ninguém menos que Joe Strummer, ex-guitarrista e vocalista do The Clash, e morto em 2002 – ela já deveria saber o que a esperava.

Sobre o hit Smile, que também chamou atenção pela historinha do clipe (no qual Lily banca a ex-namorada vingativa), ela ri e diz que a música foi escrita há muito tempo e a história já está no passado, e não sabe dizer se é ou não do tipo vingativa. “Mas a vida é inda”, diz ela com certa ironia ao comentar que gosta mais das canções alegres.

Detalhes do novo disco? Não, não. É segredo.

Criar outros hits como Smile não é o grande objetivo da cantora, que deve lançar seu novo disco em 2008. “Não vivo para escrever grandes hits, eles acontecem. Você não acorda e diz que vai escrever um hit. Se fizer sucesso, ótimo, se não, bom também”. Curiosamente, questionada sobre o que a entedia na música, ela disse “ouvir rádio, com aquelas músicas se repetindo sempre”.

E por falar em novo disco, ela antecipa que o sucessor de Alright, Still já está terminado, mas não pode dar detalhes. “Oh não, não posso falar. É segredo”, diz ela rindo. “Vai ser muito diferente do primeiro, musicalmente falando”, é tudo o que ela revela.

O grande desafio dessa vez é supreender de novo, como ela fez com o disco de estréia ao bater recorde de acessos na internet antes de chegar ao rádio. Lily é uma dessas artisas que usou ferramentas como o MySpace para divulgar sua música. Hoje, além disso, a rede serve para que ela esclareça as notícias que circulam sobre ela, postando sobre seu dia-a-dia, viagens, shows e novidades em seu blog.

Sobre Mark Ronson, um dos produtores de seu disco de estréia e que vai se apresentar em São Paulo no próximo mês, ela não disse se os dois vão trabalhar juntos novamente. A parceria foi além do disco de Lily e ela acabou gravando os vocais de Oh My God, que está no disco dele. Mas pelos comentários, há algo rolando entre os dois, resta saber em que sentido. “Mark é ótimo. Sei tudo sobre o trabalho dele. Mas não vou dizer nada sobre ele. Ele é terrível”, diz Lily rindo.

Aos 22 anos, ela não tem grandes planos para o futuro. “Eu apenas penso no que vai acontecer hoje. Quem sabe o que vai acontecer amanhã?”, comenta ela, que diz não se imaginar com uma carreira tão longa como Rolling Stones ou Madonna e que não faz idéia de onde e como vai estar aos 30.

Antes de se despedir, perguntamos a Lily que música ela escolheria cantar se tivesse que fazer um dueto com cinco outros artistas. Eis as respostas:

Amy Winehouse: “Podemos cantar qualquer música do mundo? Hum… acho que seria Cry Me a River, de Ella Fitzgerald”.

Jay-Z: “Eu adoraria cantar com ele… (silêncio até que uma de suas assistentes diz Wonderwall, do Oasis). Isso, Wonderwall (risos). Ele ama essa música. Uma vez nós fomos a uma festa com ele em Nova York e ele ligou seu iPod e ouviu a música umas dez vezes” (risos).

Christina Aguilera: Perguntada se gostaria da cantar com ela, Lily foi direta. “Not really”. Próximo.

Britney Spears: “Ah sim, eu gostaria de cantar com ela”. Mas não definiu qual música cantariam.

Beyoncé: “Hum…Umbrella (risos)…”. Ao saber que a música é hit no Brasil, Lily alfineta. “Claro que é”.

Resta sabe se a ‘alfinetada’ foi para o gosto dos brasileiros ou para a interpreta da música, Rihana. Você aposta em que?

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Lily Allen fala ao Virgula-Música sobre shows, próximo CD e dispensa Aguilera

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