O Motomix Rokr Festival, que aconteceu no último sábado (27), no parque do Ibirapuera, foi totalmente eletro-rock-dance. No ápice do festival, durante as apresentações das bandas internacionais Fujiya & Miyagi, The Go!Team e Metric, boa parte das pessoas dançava enlouquecidamente, enquanto as mais tímidas balançavam a cabeça e batiam o pé. Mas parado ninguém ficou.

Antes das bandas internacionais, foi a vez das nacionais Venus Volts, Stop Play Moon e Nancy, vencedoras do concurso Novos Sons, comprovarem o seu valor. Mas, com exceção de amigos dos integrantes, o público, que chegou tímido, parecia estar mais no espírito “vamos ver qual é a dessas bandas”.

Paulo Vega, guitarrista do Stop Play Moon, vibrou pela presença dos amigos: “Estavamos esperando isso: essa coisa maravilhosa, um monte de gente legal, todos os amigos aqui”.

Antes do Motomix, a banda estava na Europa, onde fez várias apresentações. “Tivemos a confirmação do festival na semana passada, então voltamos da Europa para fazer essa história, que é maravilhosa, não tenho nem o que falar”, completa.

Confira as fotos dos shows das bandas nacionais no Motomix!

Quando a primeira atração gringa, Fujiya & Miyagi, subiu ao palco, o pessoal continuava no mesmo espírito. A banda abriu com “Ankle Injuries”, seguida de “Uh!”. No final da segunda música, o baixista Matt Hainsby arriscou um “obrigado”.

Depois veio “Suckerpunch” e, no final de “Pick Pocket”, foi a vez do vocalista e guitarrista David Best tentar um “obrigada”, seguido de um “thank you”. Foram os primeiros contatos do trio inglês com o público, que já começava a esquentar.

Foi a partir de “Sore Thumb” que as pessoas realmente descolaram seus pés do chão e começaram a se mexer. A animação do público os deixou, visivelmente, mais empolgados. A galera vibrou com o finalzinho da música “Collarbone”, em que os três cantavam “Uh, suck to me, ah” alternadamente.

“Gostaria de agradecer por assistirem a gente. Essa é nossa última música. Ela é muito longa”, disse David. “Não sei se vocês entenderam, eu disse que é longa”, acrescentou, antes de começarem “Electro Karaoke”.

No final da apresentação do Fujiya & Miyagi, o público já estava aquecido, mas talvez não estivesse preparado para o furacão que viria com The Go! Team. Com um time de seis integrantes, liderados pela serelepe vocalista Ninja, o grupo transbordou energia do palco. Vestidos com roupas de cores vibrantes, os integrantes promoveram uma verdadeira ginástica no palco, trocando de instrumentos o tempo todo.

O som da banda soava tão alto que parecia estar dentro de nossas cabeças. Talvez uma das explicações seja o fato de eles tocarem com duas baterias, além de sintetizadores, teclados, escaleta, baixo, guitarras…tudo ao mesmo tempo.

A banda abriu com “The Power Is On” e seguiu com “Wrath of Marcie”, durante a qual Ninja pedia à galera: “Mãos para cima”. Antes de começarem “Fake Id”, a vocalista inquieta disse em português com sotaque carregado: “música nova”. Foi a primeira mudança na formação oficial da banda: a baterista Chi Fukami Taylor assumiu os vocais e as maracas e Ninja foi lá para trás assumir as baquetas. A baixista Kaori Tsuchida também assumiu os vocais em algumas músicas, além de tocar teclado e escaleta. Ian Parton, que começou na bateria, também tocou guitarra e gaita, o baixista Jamie Bell assumiu os sintetizadores e Sam Dook foi para a bateria quando Parton estava tocando outra coisa.

“São Paulo, agora é a hora, agora é a sua hora!”, disse a vocalista Ninja, de volta ao microfone. “Na próxima música, quero ver cada pessoa dessa multidão dançando”, completou antes de engatar “Ladyflash”. Durante essa música, Ninja dançou ensandecidamente, e não tinha vergonha de fazer dancinhas que remetiam aos anos 80.

A banda tocou ainda “Titabic Vandalism” (“música nova”, voltou a repetir Ninja, antes de começarem a tocar), “Doing It Right” —em que a vocalista superativa solicitou a participação da galera no refrão “Do it allright!”— e fechou com “Keys to the City”. No final, Ninja ainda pulou corda com o fio do microfone.

Sem muita demora, subiu ao palco a atração mais esperada da noite, a banda canadense Metric. A platéia, que já estava lotada, vibrou ao avistar a loiríssima vocalista Emily Haines, vestida como um bombom (confira as fotos no final da matéria).

Depois da agitada apresentação da The Go! Team, a Metric começou um pouco apática e blasé demais. Emily parecia estar mais preocupada em lidar com seu sintetizador. A banda abriu com “Dead Disco”, seguida de “The List” e “Poster”. Mas foi em “Handshakes” que ela pareceu se lembrar que havia um público ali. “São Paulo, finalmente…! Estou tão contente por estar aqui. Aproveitem o show”, disse uma Emily sorridente.

Quando não estava “operando” o sintetizador, a cantora vinha sempre à frente do palco, onde podia ficar mais próxima das pessoas; dançava, pulava e rodopiava, especialmente enquanto cantava “stand in line tonight”, na música “Hustle Rose”.

Depois veio “Rock Me Now”: “sabe o que seria legal? se vocês cantassem isso!”, disse Emily na parte do “Uhhhh”. As pessoas não entenderam e começaram a bater palmas (“é para cantar, não bater palmas!”, disse, frustrada).

Depois vieram “Calculation Theme” e “Combat Baby”. Em seguida, a banda deixou o palco, voltando depois para o bis. Tocaram ainda “Stadium Love”, “Monster Hospital” e “Live it Out”, música durante a qual a vocalista desceu do palco e foi cumprimentar as pessoas que estavam na grade.

O público ainda ficou no Ibirapuera durante um tempo, depois que a Metric se despediu, na esperança de um segundo bis, que não aconteceu. “Foi um sonho”, disse uma garota para a amiga no celular, quando as luzes já estavam acesas. Shows de qualidade num parque da cidade, com público bacana e nenhuma ocorrência policial… parecia sonho mesmo. Que venham mais!

Confira as fotos do Fujiya & Miyagi!

Confira as fotos do The Go! Team!

Confira as fotos do show do Metric!


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Fujiya & Miyagi aquece, The Go! Team ferve e Metric empolga no Motomix

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