O DJ britânico Tim Healey será o anfitrião da tenda Zephyr, na quarta edição do 1200 Festival, que acontece neste sábado, no interior do estado de São Paulo, reunindo diversos nomes estrangeiros da cena eletrônica.

Tim já esteve no Brasil antes. Em 2005 fez uma apresentação histórica dentro do Solaris. Se ele lembra? “Muito bem”, disse em entrevista por email ao Virgula-Música.

Aliás, foi depois dessa performance que ele ficou conhecido como o cara que apresentou o electro-house ao país. Mas ele prefere não levar méritos.

Este ano ele vem em dose dupla. Se apresenta sozinho e com o DJ e amigo Pete Martin, no duo Coburn. Na entrevista, ele falou da cena da electro-house, das novidades que trouxe ao Brasil e – pasmem – até de Paris Hilton.

Virgula – Li algumas entrevistas suas onde você disse que faz house, mas não aquele que a gente conhece. Que estilo é esse?
Tim Healey – Bem, minha atitude como DJ é mais do tipo “tragam o punk rock” do que o clássico house de Chicago. Sempre achei melhor as pessoas saírem da boate me achando um DJ ruim do que me comparando com quem tinha tocado antes. Ainda bem que isso nunca aconteceu. Também não costumo ir para os clubes com uma caixa de discos separados em seções – trance, break, house, etc . Apenas toco o que acredito ser o melhor som, com doses de anarquia e rock’n’roll. Em resumo, sou a house alternativa.

Virgula – Nessa sua passagem por aqui você vai se apresentar ao lado de novos nomes do electro, apresentando eles ao público. Quais são os nomes que mais se destacam na cena hoje?
Tim Healey – Eu adoro festivais ao ar livre e acho que consegui fazer um line up matador: The Egg (ótimo ao vivo), Atomic Hooligan (o cara é uma lenda), Tomcraft, Coburn e o velho eu…Acho que qualquer um que estiver lá será contagiado pela música. É uma seleção que priorizou os melhores.

Virgula – Você fez um show inesquecível no Brasil em 2005. Lembra de alguma coisa?
Tim Healey – Me lembro muito bem. Toquei house num festival de trance. Tinha muita gente legal. Depois dessa apresentação algumas pessoas dizem que eu introduzi o electro-house no Brasil. Mas acho que não.

Virgula – Por aqui o electro começou como moda e hoje parece ser um estilo já com lugar garantido. É assim também no resto do mundo?
Tim Healey – Electro é só uma nova palavra para “o mais novo estilo dentro do house”. E já está desgastado com tantos produtores usando sempre as mesmas bases. Vamos lá pessoal! Quando me pedem pra descrever que tipo de música eu faço eu digo apenas, boa música.

Virgula – Se tivesse que escolher três faixas que definem bem o estilo, quais seriam?
Tim Healey – Teriam que ser todas do Coburn: We interrupt this programme, Rolling Stoned e Razorblade. Vocês podem ouvir todas no Beatport.com.

Virgula – Você já veio várias vezes ao Brasil. Gosta da música feita aqui?
Tim Healey – Pra falar a verdade, eu praticamente adoro tudo o que eu ouvi daqui. Neste momento estou ouvindo os vinis dos Mutantes, e também adoro o som do CSS (Cansei de Ser Sexy). Aqui vocês tem o jazz, a percussão, o reggae e o rock todos juntos. Seu país faz uma música maravilhosa, e me sinto privilegiado de ser convidado para tocar aqui tantas vezes.

Virgula – Soube de um episódio envolvendo você e Paris Hilton. Que história é essa?
Tim Healey A história não é tão engraçada. Ela é uma droga, suas festas são uma droga. Seu amigos são uma droga. Eu me senti um idiota pensando que uma festa dela pudesse ser tão legal. Tolo eu. Não faria de novo. Se você me vir novamente aceitando um convite para tocar numa festa dela, dou total permissão para qualquer um dos seus leitores me baterem na cara…OK??!

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Entrevista: DJ Tim Healey fala do electro-house e até de Paris Hilton

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