Belo Horizonte recebe primeiro simpósio de jornalismo musical

No meio de uma crise do jornalismo, em especial do jornalismo musical, que envolve a precarização dos veículos, a dependência dos algoritmos das redes sociais e dos serviços de busca online na determinação do alcance dos conteúdos produzidos, e a transformação dos jornalistas em influencers mal remunerados, surge a necessidade de se debater e pensar em possíveis desdobramentos para área hoje.

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É assim que nasce o Corrente: o primeiro simpósio de jornalismo musical do Brasil, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro em Belo Horizonte. Realizado pelo reverbera, sob idealização e curadoria de Marcelo Santiago, com patrocínio da Belotur e da Prefeitura de Belo Horizonte, o Corrente se propõe, durante três dias, a abrir espaço para que vozes diversas possam pensar os caminhos do jornalismo musical, a partir de nomes que estão atuando na área, seja na academia, no vídeo, em podcasts, newsletters, sites, blogs e mercado editorial. O projeto conta ainda com uma festa de encerramento com shows de Gabriela Viegas, deafkids e ruadois.

“A reflexão sobre os rumos do jornalismo musical já existe e está fragmentada pelas redes e eventos acadêmicos. O Corrente é uma forma de agregar parte do que se tem produzido e, principalmente, tentar aproximar pessoas que são atuantes na área e que se destacam por seus trabalhos.”, afirma Marcelo Santiago, idealizador do simpósio.

A proposta do Corrente é reunir em Belo Horizonte um grupo de importantes jornalistas e pesquisadores da área para debaterem, apresentarem suas pesquisas e terem contato direto com a vida cultural de Belo Horizonte, se aproximando de artistas e espaços que promovem a música na cidade. O Corrente será um espaço de conhecimento e experiências, um momento de troca de referências entre pessoas que refletem e conhecem profundamente a cultura do país.

Dentre os pesquisadores e jornalistas que se dividem em dois dias (1 e 2 de fevereiro) em encontros no espaço da produtora cultural quente, encontramos importantes nomes como GG Albuquerque, responsável pelo destacado projeto Volume Morto; Kamille Viola, jornalista, pesquisadora musical e autora do livro “África Brasil: Um dia Jorge Ben” voou para toda a gente ver, finalista do Prêmio Jabuti em 2021; Cris Fuscaldo, que além de autora de diversos livros, é também fundadora e diretora da editora Garota FM Books; Rodrigo Corrêa, responsável pela Balanço e Fúria, plataforma onde debate sobre as relações da música e da política; Bruna Vilela, que soma passagens pelo Agenda e Alto-Falante, da Rede Minas, pesquisadora do funk mineiro e reconfigurações de gênero musical; Dora Guerra, jornalista musical e criadora da newsletter Semibreve, colaboradora no Popload e no Popcast; ou Nina Rocha, colaboradora do UOL, Folha, Piauí, entre outros nomes.


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Belo Horizonte recebe primeiro simpósio de jornalismo musical

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