Uma das maiores revelações do cenário do rock independente no Rio de Janeiro, a banda Quarto do L, surgida em Volta Redonda, começa a colher os frutos do talento aliado ao profissionalismo na condução da própria carreira. O grupo, formado por Rafael Fontes, Antonio Cabeça, Clayton Pereira e Vitor Fontes, foi um dos vencedores na votação popular promovida pelo Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.

A vitória é um reflexo do trabalho autoral característico do grupo, das performances cheias de energia e da ótima aceitação conquistada com singles como “Da Mesa para o Quarto” e “Tão Longe e Tão Perto”, este último produzido pelo projeto Converse Rubber Tracks Live” e lançado nos primeiros dias de abril de 2014. O primeiro álbum do Quarto do L, batizado de “Antiquario” foi todo produzido em Volta Redonda entre maio e agosto de 2013 e pode ser baixado no site da banda, que vem realizando shows por todo o Rio de Janeiro e também por estados como São Paulo e Minas Gerais.

Diego Bonifacio, agente que acompanha o grupo em sua trajetória, conversou conosco sobre surgimento e rumos do Quarto do L:

Fale um pouco sobre o início da banda. Por que o nome Quarto do L?

Quarto do L é o espaço onde iniciaram os ensaios: um quarto em forma de L, que há cerca da 4 anos se tornou notório por produzir músicas de uma forma singular. Sem grandes intenções de levantar uma bandeira, apenas nasceram as composições. As apresentações ao vivo foram se tornando um auge de toda essa construção, sempre muito intensas.

Quais são as maiores referências para a Quarto do L?

O Quarto recebe influências desde a eterna MPB até os distintos movimentos de Rock Britânico e Americano. A arte como um todo, principalmente literatura e teatro acabaram se tornando uma grande fonte de consumo para a galera do Quarto.

De onde vêm a inspiração para as letras do grupo? 

O Vitor desde o início sempre se enveredou pelas correntes existencialistas. A princípio, o homem, suas relações e o convívio foram os grandes temas para suas composições.

O Rio de Janeiro é conhecido por estilos como samba e funk. Que análise vocês fazem na cena rock no estado?

Assim é conhecido, de modo geral. Mas acreditamos que há tantas bandas de Rock, que talvez possa até exceder o quantitativo de grupos de samba/pagode e funk. Só não se tornaram tão evidentes. Mas nada que nos impeça de continuar construindo o que acreditamos, tem espaço para todos.

Quais os maiores desafios para uma banda independente hoje em dia?

Recursos. Toda produção necessita de estrutura e espaço para sua exposição. Talvez nisso temos investido nossos maiores esforços: garantir uma produção com qualidade musical e estrutura para tanto. Além de se divulgar por espaços que possibilitem uma boa visualização (Web, Blogs, revistas, jornais, TV).

Quais os próximos passos para o futuro da banda?

Aprendemos que não há nada que valorize mais o seu trabalho do que a continuidade do mesmo. É importante não parar. Porém, mais importante que a produção constante é a produção que transcenda os projetos já realizados.

Vocês foram um dos ganhadores na categoria Voto Popular do Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro. A quê vocês creditam esse resultado?

Só esse fato já confirma o quão significativo é esse Prêmio de Cultura para um grupo artístico. A indicação ilustrou nosso empenho ao longo dos últimos anos, a conquista do Prêmio nos garantiu que nosso trabalho e a excelente relação com o nosso público tem sido a fórmula do sucesso. Estamos eufóricos e extremamente motivados para novas produções. Retribuiremos essa conquista com muita dedicação a tudo quanto temos planejado.

Para saber mais, acesse o site da banda e confira abaixo clipes do Quarto do L: 


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Banda de rock de Volta Redonda é revelação do cenário independente no Rio de Janeiro