14 de maio de 2008 marca os 10 anos de morte de Frank Sinatra. Dono de uma voz inconfundível, não era chamado de ‘The Voice’ à toa. Tinha uma linha musical sem pausas para respiração, recurso vocal normalmente usado em ópera. Dono de um comportamento rebelde, era famoso também pelos olhos azuis e pela elegância nos palcos.

“Frank Sinatra é um artista imortal, a pura definição de classe e estilo”, disse a cantora Alicia Keys sobre o cantor. Em fevereiro deste ano, ela realizou um “dueto virtual” com o cantor durante a cerimônia do prêmio Grammy, cantando Learning the Blues.

O líder do U2, Bono dividiu os vocais com Sinatra em I’ve Got You Under My Skin, numa gravação de 1993, que entrou para o disco Duets, de Sinatra. Em 1994, Bono fez o discurso que antecedeu a entrega do Grammy pela obra e vida do cantor, que depois agradeceu as palavras dizendo ter sido “a melhor introdução que eu já tive”.

Na ocasião, Bono disse que apesar de Sinatra não ser muito fã de rock, a turma do rock o adorava, pois ele tinha “paixão” e “atitude”. Num trecho do discurso ele diz: “Ele é o chefe, do chefe, do chefe. O bing bang do pop… eu não brincaria com ele, e você?”.

Desde de sua morte, e mesmo em vida, era difícil ouvir a imprensa comparar algum novo artista a Sinatra. A missão que até então parecia impossível, aconteceu com o canadense Michael Buble, de 33 anos. Dono de uma voz macia e quente, o cantor foi descoberto pelo produtor David Foster – que trabalha com estrelas do calibre de Celine Dion, Barbra Streisand e Whitney Houston. Com três discos lançados, no palco, ele se apresenta como Frank, tanto no jeito de se vestir quanto na atitude, mas garante que “não é um plágio”.

Sinatra também teve suas músicas regravadas por diversos artistas, entre eles, a cantora e pianista Dianna Krall, fã confessa do cantor, que já regravou músicas como I’ve Got You Under My Skin e Fly Me to the Moon, eternizadas na voz de Frank.

Em comemoração aos 10 anos da morte de Sinatra – vítima de uma parada cardíaca aos 82 anos – o serviço postal dos EUA lançou um selo com uma foto do cantor. Relançamentos também saem em homenagem ao cantor.

É o caso de Nothing but the best, lançado esta semana, que reúne 22 de suas músicas mais conhecidas. Há também o DVD com as músicas, lançado pela Warner. Músicas como Strangers in the Night, May Way e New York, New York estarão no álbum que terá ainda, uma faixa inédita, Body and Soul, com participação de Frank Sinatra Jr. regendo a orquestra que acompanha seu pai.

Já o livro Remembering Sinatra ganha nova edição nos EUA, com fotos e o famoso texto de Gay Talese, “Frank Sinatra está resfriado”, publicado em 1966. Eis a história: Talese foi escalado pela revista Esquire para entrevistar o cantor e um pouco antes soube que Sinatra não poderia falar porque estava com gripe.

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10 anos sem Sinatra: duetos, reedições e a 'desculpa' do resfriado