Com dois discos de estúdio, mais um ao vivo e um álbum digital no currículo, Armandinho lança neste ano mais um disco de inéditas, Semente, recheada de possíveis grandes hits.

O Virgula Música foi atrás do compositor para falar sobre o processo de gravação do novo disco, a paternidade há pouco mais de um ano, o show com o NX Zero no estúdio Coca-Cola, e o que ele achou da repercussão de seu comentário sobre o Radiohead. Confira a entrevista!

Você ficou conhecido por sucessos como “Ursinho de Dormir” e “Desenho de Deus”. Nesse novo álbum houve alguma pressão da gravadora para você fazer um novo grande hit?
Armandinho – Não teve pressão além da que se tem normalmente, afinal a gravadora vende disco e a gente vende show. É uma pressão natural quando se têm músicas que atingiram grande popularidade.

Com a “Desenho de Deus” eu acabei atingindo um público além do que eu estou acostumado, como crianças e velhos, e para eu não me tornar artista de uma música só para esses públicos, decidi lançar outras músicas parecidas. A Semente é uma música que tem uma letra com conteúdo e mensagem bacanas. Está dando um resultado bem satisfatório.

Houve muitos palpites da gravadora no processo de produção desse disco ou você teve carta branca para criar o que bem entendesse?
Armandinho – Palpites não. O que fizeram foi selecionar músicas para serem lançadas, entre elas ficaram “Semente”, “A Filha” e “Amigo”, e a gente achou, em conjunto, que a “Semente” era a música mais forte. Ela está super bem no Brasil inteiro, com uma execução boa. Só falta tocarmos na televisão para sacramentar. Estou bem feliz com o andamento.

Quais músicas desse novo CD você aposta que se tornarão hits, além da ”Semente”?
Armandinho – “Onda do Arraial”, por ser uma música romântica, com uma letra mais madura que as outras, demonstrando a mudança e o amadurecimento do meu trabalho. Acho que ficaria bacana como trilha de alguma novela.

A paternidade teve influência na produção desse disco?
Armandinho – Na verdade esse disco já estava pronto desde 2005, com exceção de “Onda do Arraial”. Acredito que o fator paternidade apareça mais no próximo disco.

Você já compôs alguma canção para sua filha?
Armandinho – Isso é uma pressão que muitos amigos e família me faz, o que me coloca num compromisso muito sério. Acredito que isso virá espontaneamente. Ela ainda tem um ano, está começando a caminhar e a dizer as primeiras palavras. Talvez eu escreva alguma coisa quando pudermos conversar.

A maioria de suas canções fala sobre um amor romantizado, de homem para mulher. Quando você compõe suas letras, você pensa em alguém especial?
Armandinho – Desde o primeiro disco houve musas. Têm muitas músicas de quando eu era adolescente e tive várias namoradas. Cada uma delas me ensinou bastante e algumas foram protagonistas das músicas do primeiro disco. A maioria das canções tem coisas muito pessoais.

O que você achou de tocar com o NX Zero no estúdio Coca-Cola? Você gostou do resultado, ou achou que ficou nada a ver?
Armandinho – Foi ótimo. Até então, eu não tinha aparecido muito na MTV. Depois do estúdio, cativei um público que assiste ao canal, fiquei feliz com o novo público. Nessa semana, fui gravar o Covernation e pude sentir a força da emissora. Tomara que eu receba novos convites para voltar lá.

Em uma entrevista, você desaprovou a atitude do Radiohead por ter disponibilizado o novo disco In Rainbows ao preço que o fã quisesse pagar. Esse comentário acabou gerando uma forte crítica seja por fãs da banda, seja por um pessoal adepto da iniciativa. O que você tem a dizer para essas pessoas que talvez tenham interpretado mal a seu comentário e levaram para um lado mais pessoal?
Armandinho – Eu nem sabia que tinha repercutido tanto assim o meu comentário. Mas é aquilo que eu disse. Tocar uma música é como ter um filho, só o compositor sabe como é. A música tem seu valor, acho que ela não pode ter um preço caro, mas também não pode ser de graça, pelo menos um valor simbólico, nem que fosse cinqüenta centavos. Não acho tal atitude justa.

Quais são seus planos futuros, musicalmente falando?
Armandinho – Fazer com que esse novo disco alcance a popularidade do Ao Vivo. As pessoas costumam comparar um CD com músicas que marcaram, como esse ao vivo, com as novas composições, mas esquecem que um disco ao vivo é feito da seleção das melhores. Então, meu principal objetivo é fazer com que o Semente chegue pelo menos perto.

As próximas apresentações de Armandinho serão nos dias 28 e 29 no Citibank Hall, São Paulo, às 21h30 e 22h, resectivamente.

+Semente – o novo álbum do Armandinho


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Armandinho fala sobre seu novo CD e como foi tocar com o NX Zero

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