O Brasil passou no último ano por uma boa safra de candidatas ou já divas da nova música nacional, a chamada MPB. Ana Cañas, com seu disco de estréia, Amor e Caos, se encaixa neste perfil, mas com um grande diferencial: das dez faixas de seu disco, sete são de sua autoria.

Ana atesta o talento que costumava mostrar nas noites jazzísticas paulistanas com as canções que falam de amores, problemas do cotididiano, influências e nuances de sua personalidade.

Mandinga Não abre o disco e mostra sua influência do jazz com os bons grooves de guitarras.

Faixa dois, A Ana, traz uma letra levada pelos versos simples, mas que mostram a personalidade da cantora Ana Cañas em frases objetivas. O mesmo acontece nas canções Para Todas as Coisas e ? (sim, esse é o nome da música e em uma alegoria direta ao ponto de interrogação, a cantora faz indagações sobre a vida).

O disco se coloca mais forte em Vacina na Veia, música que fez muito sucesso no MySpace, com sintetizadores mais perceptíveis.

Ao longo do álbum, a voz de Ana caminha sempre aveludada, sem exageiros. Assim é também quando interpreta Coração Vagabundo, de Caetano Veloso ou quando homenageia Bob Dylan em Rainy Day Woman, que fecha o disco.

Para gostar de Ana nem é necessário saber quem é a intérprete, porque, ao dar o ‘play’ em Amor e Caos, a admiração é instantânea: melodia e voz são agradáveis aos ouvidos de qualquer desavisado. Essa é Ana Cañas.

Confira as faixas:

1 – Mandinga Não
2 – A Ana
3 – Vacina na Veia
4 – Para Todas as Coisas
5 – ?
6 – Coração Vagabundo
7 – Cadê Você?
8 – Devolve, Moço
9 – Super Mulher
10- Rainy Day Women


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Amor e Caos - Ana Cañas

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