Giovanna Rouvier e Cris Streciwik/Divulgação Aldo The Band

Liderado por irmãos André Faria e Murilo Faria, a Aldo The Band tem esse nome em homenagem ao tio deles. Dedicados ao casamento da música eletrônica e do indie-rock, eles contam também com o invocadíssimo Isidoro Snake (ex-Jumbo Elektro, Cérebro Eletrônico), no baixo, e Érico Theobaldo (Thelepatiques e Embolex), na bateria e MPC.

Cata aí o clipe de Sunday Dust:

De novidade da cena, com o álbum de estreia Is Love, lançado há dois anos, eles se tornaram uma das principais apostas do selo Ganzá, da Skol Music, por onde lançam, em setembro, o segundo disco cheio, Giant Flea.

Eles que passaram, em maio, pela Canadian Music Week, em Toronto, se apresentam nesta quinta (30), no Sesc Pompeia. Nós trocamos uma ideia com André Faria e ele falou, entre outros assuntos, sobre o novo disco, a cena brasileira, e a paixão por Yo La Tengo, pelo selo Ed Banger e pela house francesa.

O que está rolando de mais novo na música brasileira na sua opinião?
André Faria – A música brasileira está numa fase espetacular. Tanto pelos festivais independentes espalhados pelo país quanto pelas bandas que tocam neles. Nesse último ano tivemos o prazer de dividir o palco com bandas como Far From Alaska, Boogarins, Audac, Inky. Bandas que não só apresentam uma performance matadora ao vivo, como também tem um trabalho de estúdio extremamente bem produzido.

Que nomes da música atual vocês mais gostam e indicam?
André Faria – O melhor de tocar em festivais como o Canadian Music Week é conhecer bandas, sons e artistas novos. Esse ano, por exemplo, conhecemos os caras do Fat White Family e vimos um dos shows mais alucinantes dos últimos tempos. Psicodélico, estranho e alto. A banda nova do Sean Lennon, The Ghost of Saber Tooth Tiger, também fez uma performance espetacular. Eu e Mura também fomos assistir a alguns shows no Primavera Sound em Barcelona. O duo Sylvan Esso de San Diego chamou bastante a atenção, com uma vocalista pra lá de carismática. E Thee oh Sees, como sempre, detonou. Outras bandas que andam tocando bastante aqui no estúdio são Caribou, Baxter Dury, Charles Bradley, Yo La Tengo (sempre) e o novo do Chemical Brothers.

Ouça Aldo The Band:

Giant Flea sai quando?
André Faria – A previsão, se tudo correr bem, é setembro deste ano.

Quais vão ser as maiores diferenças entre esse segundo álbum e o primeiro, que saiu há dois anos?
André Faria – Um dos desafios do Giant Flea foi trazer a pegada do que fazemos ao vivo para dentro do estúdio. Talvez por isso ele soe um pouco mais intenso do que o primeiro. Um outro ponto aonde quebramos a cabeça foi a produção: queríamos um disco extremamente bem acabado mas sem perder a espontaneidade.

No primeiro, por exemplo, gravamos as vozes dentro do armário do quarto da nossa mãe. Para não perder esse espírito, dessa vez reproduzimos parte desse armário no nosso estúdio. Talvez por isso Giant Flea também seja um pouco mais experimental. Pudemos transformar o processo de gravação, com erros, testes e acidentes, em mais uma etapa de composição.

Que músicos e bandas são modelo de carreira pra vocês?
André Faria – Uma das nossas bandas preferidas é a banda de indie rock de New Jersey Yo La Tengo. Pela constância, pela entrega ao vivo, pela criatividade. Uma outra grande fonte de inspiração é a galera da Ed Banger e da house francesa, por criar uma cena única no mundo, aonde não apenas a música mas também a imagem revolucionaram a música eletrônica.

SERVIÇO
Aldo The Band
Quinta (30)
Choperia.
Não recomendado para menores de 18.
Ingressos: R$ 6,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 10,00 (credenciado/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$20,00 (inteira).


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A Aldo The Band prepara o salto pra ser grande, mas sem deixar de ser autêntica

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