O Governo britânico pediu nesta quarta-feira ao coronel Muammar Kadafi que deixe de enganar o povo líbio e abandone a luta, diante da evidente derrota de suas forças em Trípoli.

O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, admitiu que seu país não faz ideia do paradeiro do ditador líbio e pediu que este reconheça que seu mandato de 42 anos chegou ao fim, e que “nunca volte a ter o controle do país”.

“É hora de Kadafi parar de fazer declarações enganosas e dizer às suas já poucas forças que o abandonem”, afimou Hague aos jornalistas, acrescentando que o mandato do ditador líbio vive atualmente sua “agonia”.

O dirigente líbio, em declarações ao canal internacional de televisão sírio Al Rai, pediu nesta quarta-feira aos “homens, mulheres, jovens e velhos a lutarem contra os rebeldes na capital”, aos que mais uma vez classificou como “ratos e traidores pagos pelos colonizadores”. Kadafi convocou as tribos e os habitantes de outras cidades a comparecerem em apoio aos cidadãos de Trípoli.

O ditador disse ter abandonado o complexo presidencial de Trípoli, tomado na terça-feira pelos rebeldes, como um “movimento tático”, algo que o ministro de Relações Exteriores britânico classificou nesta quarta-feira como “irônico”.

“Acho que foi mais que uma decisão tática, mas não sabemos onde está (Kadafi) neste momento”, apontou Hague, quem insistiu que a operação da Otan em auxílio aos rebeldes continuará até que seja necessário proteger os civis.

William Hague ressaltou que o Reino Unido vigia a “cada hora” o que ocorre no hotel Rixos de Trípoli, onde 37 jornalistas estrangeiros estão retidos, entre eles vários repórteres britânicos.

O chanceler afirmou estar em contato com o Conselho Nacional de Transição (CNT), “e com outros que também podem ajudar, embora não tenha ainda o controle dessa área”, apontou o chefe do Foreign Office.


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Reino Unido pede a Kadafi que abandone a luta

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