Cerca de 100 baleias-brancas correm risco de morte por estarem presas em uma massa de gelo no estreito de Sinyavinsky, no mar de Bering, informou nesta quarta-feira (14) o vice-ministro de Obras da região russa de Chukotka, Valery Vasiliev.

Os animais foram apanhados em duas regiões do estreito livres de gelo, mas a água ao redor congelou, impedindo a saída dos mamíferos aquáticos ao mar aberto, informou a agência russa “RIA Novosti“.

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Vasiliev explicou que por causa da escassez de alimentos das duas áreas e o rápido avanço do gelo, a vida das baleias corre risco.

“O Governo de Chukotka decidiu pedir ajuda às autoridades federais. Por ordem do governador Roman Kopin, foram enviadas cartas aos ministros de situações de Emergência e de Transportes para solicitar uma embarcação quebra-gelo para salvar as baleias presas”, explicou o político russo.

A operação poderá ser feita por um rebocador que atualmente trabalha no resgate do cargueiro coreano “Oriental Angel”, encalhado no litoral do sul da região, e que poderia chegar ao estreito de Sinyavinsky em menos de dois dias.

O Governo regional vai adotar medidas para prestar socorro aos animais, como estudar a distância que separa as áreas onde as baleias estão até o mar aberto.

As baleias-brancas, que têm um comprimento de até seis metros e podem pesar até duas toneladas, vivem nas águas do oceano Ártico e dos mares de Bering e Ojotsk e constantemente ficam presas no gelo.

O resgate dos animais, no entanto, não costuma ser freqüente, porque normalmente estão em áreas afastadas dos seres humanos.

Em Chukotka, o último grande resgate bem-sucedido ocorreu em 1986, quando parte de um grupo que ainda vivia após longo período preso no gelo foi socorrido com ajuda de um navio quebra-gelo. 


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Mais de 100 baleias ficam presas no gelo