João José da Costa

Quem?!?!Autor do livro “Como enrolar seu chefe e progredir na empresa”!

O LIVRO
Emílio: O tema do seu livro tem tudo a ver com o perfil dos nossos ouvintes. Talvez, ainda falte para eles um pouco de experiência para enrolar os chefes de uma maneira fina e elegante.
João José: O bom “enrolador” é aquele que tem classe.
Emílio: O que é exatamente “enrolar no emprego”?
João José: O termo “enrolar” está muito a “tapear”. O “enrolador com classe” é um pouco diferente. É um personagem presente em quase todas as empresas. É aquela pessoa que aproveita todas as oportunidades do ambiente para enrolar no trabalho, mas se projetar perante as pessoas de poder da companhia. É aquele que quer ser promovido sem trabalhar, sem assumir responsabilidades…
João José: É o famoso “João sem braço”.
Emílio: Mas este cara deve ter alguma competência…
João José: Com certeza. São pessoas muito talentosas, criativas e com muita iniciativa. Também sabem dar exemplos formidáveis de uma “enrolação com classe”.
Emílio: Existe um ditado que eu gosto muito sobre este assunto: “na enxada, ninguém quer pegar”.

MULTINACIONAIS
Emílio: As empresas multinacionais têm mais “enroladores” que as nacionais, não é?
Carioca: Porque é mais fácil enrolar gringo.
Emílio: O diretor fica por aqui sozinho, faz o que quer, meio mandão.
João José: Quando um diretor gringo vem ao Brasil, procura um funcionário que conheça bons restaurantes, boas boates, que fale bem seu idioma, que seja bonito e elegante. Como não há convivência, não é possível perceber se aquela pessoa enrola para trabalhar.
Emílio: Ter chefe que mora em outro país é gostoso. Você garante que a empresa está bem e só vê o seu chefe uma vez no ano.

NACIONAIS
Emílio: E nas empresas nacionais?
João José: Já nas nacionais, funciona aquele esquema de você ficar “pendurado no saco” do patrão. O saco do patrão é corrimão da carreira do “enrolador”. É comum. No começo, esta pessoa aceita trabalhos submissos. Depois que ele ganha a confiança do patrão, fica impune, se sente forte para enrolar.
Emílio: Depois que ganha a confiança, enrola gostoso.

PERSONALIDADE
Bola: Os “enroladores” possuem algum distúrbio psicológico?
Amanda: Distúrbio de caráter?
João José: Não chega a ser um distúrbio, mas ele possui traços de caráter específicos. Ele não gosta de muito trabalho, de assumir muitas responsabilidades. São pessoas sedutoras, que impulsionam o lado cômico dentro de um grupo, conhece muitas piadas, brincadeiras e são muito queridos por todos.
Baiana: Eles investem no social para faltar com as obrigações profissionais.
Emílio: É o “bacanão”.
Carioca: Eu conheço uma pessoa assim.
Emílio: Você conhece?
Carioca: Mas eu não vou dizer quem é?
Amanda: Fala só a primeira letra do nome.
Carioca: Começa com “C”.


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João José da Costa